A atriz Sophie Charlotte, que atualmente protagoniza a novela "Todas as Flores" (Globoplay) e está em cartaz nos cinemas com o longa "Rio do Desejo", declarou em entrevista ao Universa que o ato de parir e, consequentemente, se tornar mãe, a fez refletir sobre o aborto e o direito ao corpo.
"Parir é uma explosão de amor e poder. O nascimento do Otto me transformou como atriz, mas também como pensadora sobre a minha existência, sobre a vida das mulheres e o poder que a mulher precisa e merece ter sobre o corpo", analisa Charlotte.
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Em seguida, a atriz fala sobre o processo da maternidade e o direito ao corpo. "Para mim, a maternidade é feliz. É uma parte importante do que sou. Mas só entendi a importância dessa escolha quando fui mãe. Foi quando compreendi - sem um viés moralista e religioso - como precisamos lutar pelo direito ao aborto e às decisões sobre nosso corpo. Dizer que você só vai se sentir mulher se tiver filhos é uma falácia", diz Sophie Charlotte.
Além disso, Sophie Charlotte, que interpretar Gal Costa no filme “Meu Nome é Gal”, fala sobre a liberdade sexual exercida pela cantora e sobre o fato de Gal ter se recusado ao longa de vida falar sobre a sua sexualidade nas entrevistas.
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"A liberdade de ter um espaço privado é importante. Não sou obrigada a dividir nada numa entrevista. A Gal, nos anos das Dunas do Barato (trecho na praia de Ipanema frequentado por artista e intelectuais na década de 1970), viveu no corpo a liberdade. Isso está refletido na obra dela. Gal não precisou expor a vida particular para mandar essa mensagem. Ela surfou as ondas que quis surfar. Às vezes, precisamos nos posicionar. Durante as eleições, por exemplo, revelei o meu voto como um convite para a volta da democracia", afirmou.