Empresário é suspeito de usar barra de ferro para espancar ex-namorada por quatro horas

O perfil de Jhonatan Galbiatti Mira é de uma pessoa extremamente ciumenta, descontrolada e possessiva, que, frequentemente, buscava controlar e intimidar a vítima, segundo a polícia

Jhonatan Galbiatti Mira está sendo procurado pela polícia - Foto: Divulgação
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Jhonatan Galbiatti Mira, de 26 anos, empresário na cidade de Primavera do Leste, no Mato Grosso, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça do estado. Ele é suspeito de espancar a ex-namorada por quatro horas usando uma barra de ferro, de acordo com reportagem de Denise Soares, no G1.

Até esta quarta-feira (26) ele não tinha sido localizado. Galbiatti é investigado por lesão corporal, ameaça, tortura e injúria contra a ex-namorada.

A decisão foi do juiz da 2ª Vara Criminal de Primavera do Leste, Roger Augusto Bim Donega, que atendeu à solicitação da Polícia Civil de Mato Grosso. O Ministério Público de Mato Grosso (MPE) se manifestou favoravelmente à prisão do empresário.

Conforme a Justiça do estado, existem vários relatos nos quais a vítima afirma que sofreu agressões verbais e físicas, durante o relacionamento com o rapaz.

O casal ficou junto por um período de seis anos e se separou em setembro de 2020. Porém, se reaproximou recentemente.

O perfil de Galbiatti é de uma pessoa extremamente ciumenta, descontrolada e possessiva, que, frequentemente, buscava controlar e intimidar a vítima, segundo a polícia.

Era comum ele exigir que a jovem desbloqueasse o celular para que ele tivesse acesso às mensagens que ela trocava com outras pessoas. Nesses momentos, a vítima era agredida com socos e tapas, conforme informações da Justiça, que classificou os episódios como “sessões de tortura”. 

No dia 19 de maio, os dois estavam na casa dele quando Galbiatti pegou o celular dela e a forçou a entregar a senha do aparelho. Descontrolado, o homem bateu na cabeça da vítima várias vezes. Em seguida, ela foi torturada por quatro horas e chegou a ficar inconsciente.

Mancha no cérebro

Na manhã do dia seguinte, a vítima foi para casa e os pais dela, ao verem o estado da filha, decidiram levá-la ao médico. Os exames apontaram uma mancha no cérebro da moça.

“Além disso, vale mencionar que em análise dos autos, denota-se que não é a primeira vez que o acusado foi/é agressivo com a vítima, tendo o mesmo até mandado mensagens para o genitor da mesma dizendo: ‘eu vou acabar matando a filha de vocês’, sendo, portanto, contumaz em práticas de crimes que envolvem o âmbito doméstico e familiar, demonstrando que o representado continua de forma agressiva a vilipendiar a integridade física e psíquica de suas companheiras, em total desrespeito à condição do gênero feminino”, disse o juiz.