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Depois de tornar pública a sua reclamação sobre as placas com piadas machistas na lanchonete The Dog Haüs, em São Paulo, a jornalista Leka Peres passou a receber mensagens ameaçadoras e de cunho homofóbico do sócio da empresa: "Vai lá colar velcro, querida. Não me enche o saco", "Putinha de quinta", "Sapatão do caralho"
Por Redação
Depois de tornar pública a sua reclamação sobre as placas com piadas machistas na lanchonete The Dog Haüs, em São Paulo, a jornalista Leka Peres foi atacada nas redes sociais nesta quarta-feira (4). “Caramba, quanta gente infeliz nesse mundo. Isso é decoração, bando de babaca. Ficou ofendido??? Come HotDog em outro pico", foi a resposta da empresa.
Como se não bastasse, o sócio da casa, Shemuel Shoel, passou a enviar mensagens homofóbicas e ameaçadoras para o celular da cliente, conforme ela expôs em seu perfil no Facebook: "Você virou palhaça de circo. Parabéns", "Vai lá colar velcro, querida. Não me enche o saco", "Putinha de quinta", "Sapatão do caralho".
Tudo começou quando a jovem alertou sobre as frases preconceituosas penduradas no estabelecimento. “O The Dog Haus tem o melhor hot dog de São Paulo e o atendimento é incrível. Mas eles acham que machismo é piada, apesar de que quando estive lá mais da metade das pessoas eram mulheres, muito triste. Vocês podem ser melhor que isso, por enquanto perderam uma cliente”, escreveu na rede.
Após a repercussão negativa, Shoel disse que a postura da empresa foi “equivocada”, retirou as mensagens da parede, mas ainda alfinetou Leka. “As placas em questão ficavam próximas ao caixa. Homem, mulher e até criança sempre tirou foto, compartilhou nas redes sociais e levou na brincadeira. Essa moça, porém, foi grosseira”, tentou argumentar. Segundo a jornalista, todas as medidas legais serão tomadas para que o caso não fique impune.
Foto de capa: Reprodução/Facebook