"Esta lei é um passo importante rumo à igualdade, porque introduzirá, além disso, uma mudança cultural no mundo laboral", declarou a ministra da Família e da Mulher, a social-democrata Manuela Schwesig, defensora ferrenha da medida. Já Merkel, até pouco tempo, era contra a proposta - ela preferia a inserção "natural e gradual" das mulheres no mundo empresarial alemão. A chefe de Estado teria mudado de ideia ao ver que, nos últimos anos, a representatividade feminina permaneceu baixa neste campo.
A cota para mulheres tem ainda um importante passo rumo à implantação. Em 11 de dezembro, será analisada pelo Conselho de Ministros de Merkel, que poderá impor sanções às empresas cujos conselhos fiscais não alcançarem a porcentagem proposta.
A Federação de Associações de Empresários (BDA) e alguns consórcios que cotam no DAX30 (o conjunto de 30 companhias abertas de melhor performance financeira da Alemanha) já teceram críticas à medida. Caso fosse adotada no Brasil, não é difícil imaginar que a recepção à ideia teria uma dimensão, no mínimo, semelhante.
*Com informações da Agência EFE