Membro da Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Alexandre Conceição manifestou, em áudio enviado à Fórum, preocupação com a truculência de policiais de Minas Gerais, especialmente por conta do episódio de intimidação registrado nesta quarta-feira (11) em Juiz de Fora contra membros do movimento e militantes pró-Lula.
De forma pacífica, manifestantes pró-Lula faziam um ato na entrada do aeroporto da cidade, à espera do ex-presidente, que visita o município nesta quarta, e foram intimidados por policiais militares. Um deles chegou a apontar uma arma de fogo para os manifestantes, enquanto bolsonaristas vestindo verde e amarelo apenas observavam.
"Estamos muito preocupados com a situação e a posição da PM em Minas Gerais, sobretudo em Juiz de Fora com o episódio de hoje. Repudiamos essa atitude em fazer repressão e ao mesmo tempo proteção aos bolsonaristas", diz Alexandre Conceição, que ainda responsabiliza o governador Romeu Zema (Novo), aliado de Jair Bolsonaro (PL), pelo ocorrido.
"Queremos chamar a responsabilidade do governador Zema para que controle seu comando militar. Qualquer ato de violência que ocorrer com relação às manifestações pacíficas será de responsabilidade do governador", sentencia o dirigente do MST.
Movimentações de bolsonaristas
Lula é esperado para um ato político em Juiz de Fora, a mesma cidade em que Jair Bolsonaro foi alvo de uma facada em 2018, nesta quarta-feira. À Fórum, a prefeita do município, Margarida Salomão (PT), afirmou que "é previsível que haja movimentação da minoria bolsonarista".
Nesta terça-feira (10), Lula, inclusive, teria sido alertado sobre um suposto ataque contra ele que estaria sendo tramado por bolsonaristas.
Sobre uma suposta movimentação de apoiadores de Bolsonaro, Margarida Salomão afirma que "é possível que a grande maioria da população de Juiz de Fora venha a reagir de forma mais contundente". "Nosso objetivo é cumprir a excelente agenda programada, para alegria e entusiasmo do eleitorado lulista da cidade", completa.