A prefeitura de Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, afastou um guarda municipal que virou alvo de um inquérito na Polícia Civil após abrir fogo com balas de borracha contra o tatuador negro Wellington Nascimento da Silva, o black.ooout, durante abordagem truculenta na Casa do Rap na última sexta-feira (4).
Uma mulher, que filmava a ação dos guardas municipais, também foi agredida. Os agentes diziam cumprir denúncia de perturbação de sossego e aglomeração de pessoas sob o decreto estadual de combate à Covid-19. A cidade é conhecida pelas recorrentes aglomerações em bares e estabelecimentos em regiões de classe média alta, que não sofrem o mesmo tipo de ação.
Segundo a Polícia Civil, a guarda informou que tiros foram disparados "para dissipar o tumulto e porque um indivíduo teria tentado agredir a guarnição". No entanto, as imagens mostram que os guardas ameaçaram os frequentadores do local e o tatuador, um dos sócios do empreendimento.
"Perguntamos o porque da agressividade, porque não havia ninguém, disse que só queria os sócios da casa. […] Deu o primeiro tiro, pegou no meu dedo, disse que vai prender todo mundo se não parassem de gravar, dá um tapa na mão dela. Começa todo mundo a gritar e sair correndo", disse black.ooout.
Nas redes sociais, a Casa do Rap afirmou que "nosso estabelecimento que tem sua função social, e está dentro da legalidade com alvarás e autorizações de funcionamento, respeitando o decreto encerramos nossa noite as 23:00".
"Quando nossos sócios estavam fechando o caixa recebemos a visita da guarda municipal… onde apresentamos nossos alvarás de funcionamento e logo em seguida encadeou as diversas agressões e ações desnecessária causando ferimentos em pessoas inocentes e que não representam qualquer ameaça seja pra quem for… é isso fica claro nos vídeos que estão circulando".
Assista ao vídeo e leia a nota da Casa do Rap ao final