PM de Brasília, que permite manifestações bolsonaristas toda semana, tentou impedir ato com boneco "Capitão Cloroquino"

Boneco inflável usado para criticar Bolsonaro foi produzido pelo Movimento Acredito, que teve que realizar o ato em outro local após negativa da PM, mesmo com autorização de órgãos competentes

Fotos: Divulgação/Movimento Acredito
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A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que quase semanalmente permite manifestações em apoio a Jair Bolsonaro em Brasília, tentou impedir nesta terça-feira (25) um ato contra o presidente na Esplanada dos Ministérios.

O ato, organizado pelo Movimento Acredito, contava com um boneco inflável representando Bolsonaro, batizado de "Capitão Cloroquino". A PM, no entanto, não deixou os manifestantes encherem o boneco sob a alegação de que eles não teriam autorização para fazê-lo.

O Movimento Acredito, no entanto, ressalta que obteve, nos dias anteriores, autorizações do governo do Distrito Federal e da Secretaria de Segurança Pública para realizar a manifestação. "Apesar disso, quando o grupo chegou à região da Esplanada dos Ministérios na frente do Congresso Nacional, a Polícia Militar do Distrito Federal barrou a manifestação, argumentando que o boneco inflável, Capitão Cloroquino, seria um balão e que balões não poderiam ser soltos naquele local por conta da segurança nacional. O grupo então realizou o ato em outro ponto da cidade", dizem os organizadores do ato.

A manifestação

Após a proibição da PM, os manifestantes foram para outro local próximo à Esplanada dos Ministérios e conseguiram encher o boneco. O objetivo do ato era pressionar os senadores da CPI do Genocídio no Senado a responsabilizarem o presidente Jair Bolsonaro pela omissão na condução da pandemia.

Além do ato simbólico, os manifestantes entregaram a senadores da CPI um dossiê de mais de 100 páginas em que apontam situações e ações do governo que configuram omissão no combate à pandemia. A íntegra do documento pode ser lida aqui.