Brasília, SP e outras cidades registram atos contra Bolsonaro e em homenagem aos mais de 400 mil mortos pela Covid

Militantes de diferentes movimentos sociais ocuparam as ruas das capitais com faixas e bandeiras em protesto contra a política de Bolsonaro na pandemia; confira

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Nesta sexta-feira (30), um dia após o Brasil superar a marca macabra de 400 mil mortos em decorrência da Covid-19, militantes de diferentes movimentos sociais realizaram atos e manifestações em ao menos três capitais brasileiras contra a política de Jair Bolsonaro na pandemia e em homenagem às vítimas da doença do coronavírus.

Em São Paulo (SP), a Central de Movimentos Populares (CMP), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e a Marcha Mundial das Mulheres realizaram um ato simbólico em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), na avenida Paulista, contra Bolsonaro. "Com seu negacionismo e sua necropolítica, Bolsonaro é responsável por grande parte dessas vidas perdidas", disse o coordenador nacional da CMP, Raimundo Bonfim.

Com faixas de "vacina no braço", "comida no prato" e "fora, Bolsonaro", os manifestantes ergueram crucifixos em homenagem aos mortos e chegaram a bloquear totalmente a avenida Paulista por alguns minutos.

Foto: CMP
Foto: CMP

Mais cedo, também em São Paulo, na região do Vale do Anhangabaú, profissionais da Educação que estão em greve contra o retorno das aulas presenciais em meio à pandemia realizaram um ato com faixas pedindo "vacina e comida já".

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A capital paulista ainda contará com outra manifestação em homenagem aos mais de 400 mil mortos pela Covid a partir das 18h, nesta sexta-feira (30), na Praça da Sé. No "Ato em Defesa da Vida", organizado por ativistas autônomos e militantes da Marcha Mundial das Mulheres e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), serão acendidas 400 velas representando cada uma das mais de 400 mil vidas perdidas na pandemia.

Brasília

Na capital federal, Em frente ao Congresso Nacional, o Levante Popular da Juventude e outras organizações sociais fizeram ato em que chamaram a atenção para as mais de 400 mil mortes e responsabilizaram o presidente Jair Bolsonaro, pedindo seu impeachment.

"Mais de 400 mil mortos não bastam para o centrão votar o impeachment de Bolsonaro", diz uma das faixas erguidas pelos manifestantes.

Foto: Matheus Alves

Cedae

Também em São Paulo, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) realizou um escracho em frente ao prédio onde acontece o leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE) para protestar contra a venda da empresa e também denunciar a responsabilidade de Bolsonaro diante do agravamento da pandemia no Brasil.

"A privatização, que será uma das maiores dos últimos tempos, acontece no momento em que o Brasil ultrapassa a triste marca de 400 mil vidas perdidas para o coronavírus. Bolsonaro, o principal responsável pelo modo desastroso com que temos enfrentado a pandemia, está presente no local", dizem os manifestantes.

"O povo não aguenta mais esse desgoverno. O povo está nas ruas para dizer para o presidente e para o mercado que a vida de todos ainda é mais importante que o lucro de uma minoria já tão privilegiada", afirmam ainda.

No ato, os presentes ergueram cartazes com frases como "não aguento mais" e "Bolsonaro genocida".

Foto: MTST
Foto: MTST


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