André Constantine, liderança de movimento de favelas no Rio e militante do PT, foi preso pela Polícia Militar do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (4) durante ato realizado no centro da capital carioca.
Conforme vídeo divulgado pelo Brasil 247, onde Constantine é colunista, o ativista discursava sobre a situação do país na pandemia do novo coronavírus, criticava o governo Bolsonaro e a polícia que, afirmou, "mata preto e favelado todos os dias".
Após dizer a frase um PM arrancou o microfone do ativista e o levou preso. Segundo informações do 247, Constantine teria sido levado para a 5ª Delegacia de Polícia.
O ato era contra o armamento da Guarda Municipal do Rio.
Segundo o deputado estadual Waldeck Carneiro, de quem o ativista é assessor, Constantine já foi liberado. "O aguerrido André Constantine, colaborador do nosso mandato popular e coletivo, foi levado pela PM de maneira ARBITRÁRIA enquanto se manifestava contra o armamento da Guarda Municipal do Rio. André já foi liberado e está em segurança. Como ele sempre diz: Favela NÃO se cala! Resistiremos!", tuitou.
Diversas lideranças e entidades já se manifestaram contra a prisão de Constantine. "Vivemos tempos de ditadura. PM interrompe manifestação e prende ativista André Constantine que denunciava, em ato na Cinelândia, assassinatos de negros e pobres praticados pela Polícia Militar. André é militante do movimento de favelas", escreveu a CUT Rio.
"Democracia? O ativista de favelas André Constatine foi preso, hoje, quando fazia uma fala contra a condução da crise sanitária pelo Governo Federal e contra a política de morte da “segurança pública” no RJ. Não podemos mais criticar? Vivemos em um regime totalitário?", tuitou a deputada estadual Monica Francisco (PSOL-RJ).
"André Constantine, militante da luta antirracista e da periferia, foi PRESO por discursar contra Bolsonaro e em defesa da vida, no Rio. Ontem buscaram calar o professor Pedro Hallal. Hoje prendem por razões políticas um jovem. É a DITADURA", escreveu a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).
"O ativista André Constantine, que atua no movimento de favelas no Rio, foi preso arbitrariamente durante o protesto #GuardaArmadaNão após dizer que a instituição "Polícia Militar mata preto, pobre e favelado todo dia". Os PMs quebraram o microfone. Censura! Ajude a denunciar", denunciou o vereador Chico Alencar (PSOL-RJ).