Um grupo de cerca de 30 mulheres realizou um ato nesta quinta-feira (28) no edifício da maternidade Leonina Leonor, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte, para reclamar do abandono do projeto original da maternidade por parte da Prefeitura da capital mineira.
A iniciativa aconteceu em reação a denúncias realizadas por moradoras da região, de que funcionários municipais teriam realizado destroços em vários quartos do edifício, no que seriam os primeiros trabalhos de uma reforma do local, que seria transformado em um novo centro de saúde.
O problema é que a maternidade Leonina Leonor tinha um projeto original que previa uma estrutura que a tornaria referência nacional em partos humanizados – suas banheiras especiais que permitiriam realizar até 500 partos humanizados por mês, através do SUS (Sistema Único de Saúde), e já foram retirados pelos funcionários municipais.
Além disso, a reforma da maternidade não teria sido aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde, o que tornaria a ação da Prefeitura ilegal.
“Essa maternidade foi aprovada na 14ª Conferência Municipal de Saúde, com a participação de mais de duas mil pessoas, e foi uma das propostas mais votadas. Ela está no Plano Municipal de Saúde 2018/2021 e nos instrumentos e relatórios de gestão, planejamento do SUS. A prefeitura não pode simplesmente modificar isso sem consulta e aviso prévio”, declarou Carla Anunciatta, presidenta do Conselho.
Além de Anunciatta, participaram do protesto representantes de movimentos sociais da região, além da presidenta do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Carla Anunciatta. e das vereadoras Sônia Lansky (PT), Isa Lourença (PSOL) e Bella Gonçalves (PSOL).