Zona Sul de São Paulo tem ato antifascista e antirracista no sábado

Protestos começam às 10h no Largo 13 de Maio e seguem até a estação Borba Gato do metrô

Protesto antifascista e antirracista realizado em Brasília no dia 7 de julho | Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado
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Partidos políticos de esquerda, sindicatos e movimentos sociais estão organizado um ato da Frente Antifascista e Antirracista da Zona Sul, neste sábado (4), em São Paulo (SP). A região também começa o debate sobre a necessidade de unificar as lutas e organizar a resistência à atual conjuntura política do país.

A concentração começa às 10h, na Praça Floriano Peixoto, em frente à subprefeitura de Santo Amaro e a caminhada, seguida de grupo de ciclistas e carreata, vai até a estação Borba Gato do metrô, na Avenida Santo Amaro.

O ato é organizado pela Frente Antifascista e Antirracista da Zona Sul e pelo Fora Bolsonaro, representantes do PT, PSOL, PCdoB, PSB e PCO, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Sindicato dos Químicos e Farmacêuticos de São Paulo, Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Centro de Cidadania da Zona Sul/Cecasul, Comitê de Lutas de Cidade Ademar e Pedreira, Sarau dos Trabalhadores e Fórum Regional de Saúde Sul.

A Zona Sul é a segunda região mais populosa da cidade de São Paulo, com com cerca de 2,72 milhões de habitantes, e foi muito atingida pela pandemia e pela não-política do presidente Jair Bolsonaro.

Relatório da Rede Nossa São Paulo, divulgado há poucos dias, mostra que, dos dez bairros com mais casos e mortes por Covid-19, sete estão na Zona Sul. Dois deles, Jardim Ângela e Grajaú, são também os que concentram mais moradores autodeclarados pretos e pardos: respectivamente, 64% e 56,8% de seus habitantes.

Além disso, das cinco grandes áreas das subprefeituras da cidade, as três com maior número de residências em favelas estão na zona Sul: Campo Limpo (59.483 moradias), M’Boi Mirim (42.350) e Cidade Ademar (25.468). As estatísticas, da Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB), excluem os núcleos “urbanizados” e as inúmeras ocupações ainda “invisíveis”.

A região também apresenta o índice de desemprego mais elevado da capital (15,5%, diante da média de 12,8% do município), enquanto o número de habitantes formados em curso superior é o mais baixo, proporcionalmente (10%, para 34,1%), segundo pesquisa divulgada em janeiro pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

Segundo os organizadores, todos os participantes estão sendo orientados a usar máscaras, levar álcool em gel e manter distância segura uns dos outros de no mínimo 1,5 metros. O Centro de Cidadania da Zona Sul (Cecasul) fará distribuição gratuita de máscaras.