Manifestantes a favor da democracia se reuniram na tarde deste domingo (7) no Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, para protestar contra o racismo, fascismo e contra o governo de Jair Bolsonaro.
A concentração do ato se iniciou às 14h, convocada por diferentes movimentos antirracistas, antifascistas e torcidas organizadas. Uma das principais bandeiras do protesto é a "Vidas Negras Importam", movimento que eclodiu em diversos países após a morte de George Floyd, nos Estados Unidos.
No ato do Largo da Batata, manifestantes também protestaram contra a morte de João Pedro, adolescente de 14 anos que foi assassinado pela polícia dentro de casa no mês passado. O menino Miguel Otávio Santana, de cinco anos, que caiu do nono andar de um prédio de luxo na semana passada, também foi lembrado durante o ato.
Um panelaço também foi registrado na região de Pinheiros como forma de apoio à manifestação antirrascista.
A princípio, a manifestação contra o governo ocorreria na Avenida Paulista, assim como foi feito no final de semana passado. No entanto, uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu na sexta-feira (5) que atos antagônicos ocorram ao mesmo tempo no mesmo local. A Avenida Paulista tem sido palco de diversos atos golpistas e pró-Bolsonaro desde o início da pandemia.
O rapper e empresário Emicida publicou um vídeo em seu Twitter na última sexta-feira (5) afirmando que não compareceria aos protestos marcados para este domingo. O artista argumentou que quem tende a ser alvo nos protestos são os mais vulneráveis, relembrando a prisão de Rafael Braga, que aconteceu nos protestos de 2013, e fala que qualquer aglomeração agora, por mais legítima que seja, é pular na ciranda da necropolítica.
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