O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), protocolou no Ministério Público do Distrito Federal e na Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta quarta-feira (13), uma representação contra o acampamento bolsonarista "300 do Brasil", liderado pela "ex-feminista" Sara Winter.
Nesta terça-feira (12), Sara Winter, que é ex-funcionária do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, de Damares Alves, revelou à BBC Brasil que o grupo conta com manifestantes armados para sua "própria segurança".
Defensora de bandeiras neonazistas, Sara Winter já expressou que o grupo dos "300 de Brasília" tem como intuito o "extermínio da esquerda", e os membros do acampamento pregam uma intervenção militar e o fechamento de instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
"Tendo em vista as restrições legais e constitucionais à formação de grupos armados e ao porte de armas em manifestações, seria importante a atuação do Ministério Público para averiguação e, se for o caso, sanção às transgressões, solicitando, por exemplo, a determinação pelo Poder Judiciário de busca e apreensão no local", escreveu Rogério Carvalho na representação.
O senador petista diz ainda, na ação, que a própria legalidade do movimento deve ser questionada, "uma vez que sua bandeira envolve o fechamento das instituições democráticas – Congresso e Supremo Tribunal Federal – e a intervenção militar no país, o que nos parece extrapolar de mera manifestação do direito à liberdade de expressão".
Os “300 do Brasil” já são alvo de outra investigação pela Procuradoria-Geral da República. Na semana passada, deputados do PSOL pediram a abertura de um inquérito para apurar a atuação de Sara Winter em suposta “formação de milícia”.