Autor de ameaça contra Carol Dartora fala em atentado em escola onde vereadora trans dá aulas, em BH

"Eu irei transformar o Bernoulli num mar de sangue. Vou invadir essa m* e vou matar todas as vadias e todos os negros", diz o texto, assinado por Ricardo Wagner Arouxa

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Ricardo Wagner Arouxa, autor da ameaça de morte contra Carol Dartora (PT), primeira vereadora negra eleita em Curitiba, afirmou em e-mail que vai transformar o colégio Bernoulli, onde a vereadora trans Duda Salabert (PDT) dá aulas em Belo Horizonte (MG), em um "mar de sangue".

“Eu avisei que se vocês fossem na polícia eu ia ficar sabendo. Agora eu irei transformar o Bernoulli num mar de sangue. Vou invadir essa merda e vou matar todas as vadias e todos os negros. Inclusive os negros que trabalham como porteiros, faxineiros etc, já que praticamente não há negros no colégio”, escreveu em um e-mail ao site BHAZ.

Na sexta-feira (4), Duda Salabert já havia feito denúncia das ameaças que sofreu feitas pelo mesmo autor.

"Cheguei da delegacia da Polícia Civil, onde fiz a denúncia do atentado psicológico e das ameaças que sofri", publicou a vereadora em uma rede social, ao ser atendida na delegacia especializada em atendimento à mulher da capital mineira.

A Polícia Civil de Minas Gerais informou que um inquérito policial foi instaurado e “segue a cargo da Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Racismo, Xenofobia, LGBTfobia e Intolerâncias Correlatas”.

Sobre a ameaça de massacre ao Colégio Bernoulli, a corporação esclareceu que “o procedimento está a cargo da Delegacia Adjunta ao Juizado Especial Criminal”. O Colégio preferiu não se pronunciar.

Nota da Polícia Civil de Minas Gerais na íntegra

“A PCMG informa que na tarde de sexta-feira (4) recebeu a vereadora e formalizou o registro de ocorrência. Foi instaurado um inquérito policial que segue a cargo da Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Racismo, Xenofobia, LGBTfobia e Intolerâncias Correlatas – DECRIN.

Sobre a ocorrência registrada em relação a ameaça a uma instituição de ensino, a PCMG esclarece que o procedimento está a cargo da Delegacia Adjunta ao Juizado Especial Criminal. As vítimas já foram chamadas para proceder com a representação criminal”.