Após violência policial, Movimento Passe Livre se prepara para mais um ato em SP

A última manifestação do MPL, fortemente reprimida, teve até denúncia de estupro por parte de policial militar

Terceiro ato contra aumento das tarifas de transporte em São Paulo (Foto: Centro de Mídia Independente - São Paulo)
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O Movimento Passe Livre marcou para esta quinta-feira (23) a próxima manifestação contra o aumento das passagens em São Paulo. Nas últimas semanas, o grupo tem organizado atos e panfletagens e tem sido alvo de uma dura repressão por parte Polícia Militar. "Vamos para quarta manifestação contra o aumento! João Doria e Bruno Covas não vão nos parar. Organize-se. Catraque, não pague!", diz o MPL em convocatória para o ato que acontece na quinta às 18h. Em texto publicado em sua página do Facebook nesta quarta, o movimento condena a atuação da PM, do governador e do prefeito. "Eles [os PMs] recebem ordens dos de cima pra: causar terror psicológico, deixando as pessoas com medo de se somarem à manifestação; não deixar o ato andar pelas ruas; defender as catracas, nem que pra isso seja preciso muito dinheiro e violência com os/as de baixo; colocar a culpa nos manifestantes, chamando-os de vândalos e baderneiros, numa tentativa de jogar a população contra os atos e desmobilizar....", diz. "Não podemos deixar os de cima nos enganar e dividir. Devemos nos manter firmes e continuar na luta por um transporte gratuito, de qualidade e controlado pelo povo. Não vamos pagar cada vez mais, pra circular cada vez menos. Organize-se", completa o MPL. Com o objetivo de convocar para a manifestação, os integrantes do grupo fizeram na terça-feira (21) um "catracaço". "Hoje teve jogral de chamamento pra quarta manifestação e catracaço no metrô de sp. Muita gente voltou pra casa sem pagar tarifa! Não vamos pagar cada vez mais, pra circular cada vez meno Catraque, não pague!", tuitou o MPL ao compartilhar vídeo mostrando a ação. No terceiro ato contra o aumento da tarifa dos transportes públicos em São Paulo, que aconteceu na última quinta-feira (16), diversos manifestantes foram agredidos e detidos. De acordo com relatos, a PM não queria nem deixar a manifestação sair e, ao falharem em impedir, atacou e prendeu manifestantes aleatórios, que foram mantidos na frente da Secretaria Estadual de Educação até que chegassem as viaturas. Os policiais não explicaram o motivo das detenções.
Uma garota, menor de idade, alegou, em Boletim de Ocorrência, que foi abusada sexualmente por um policial militar. Além disso, vídeos mostram a ativista Andreza Delgado, organizadora da PerifaCon, sendo arrastada pelos cabelos.
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