Um ano de Brumadinho: marcha de seis dias denuncia o crime da Vale

Cerca de 350 atingidos saíram de Belo Horizonte e seguirão até Brumadinho; na sexta (24), passarão por Betim, onde será realizado um seminário com a presença do ex-presidente Lula

A barragem de Brumadinho rompeu no dia 25 de janeiro de 2019 (Foto: Ricardo Stuckert)Créditos: Agência Brasil
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Teve início nesta segunda-feira (20) uma marcha de seis dias para denunciar o crime da Vale em Brumadinho, que completa um ano no próximo sábado (25). A mobilização é organizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Os manifestantes iniciaram a marcha em Belo Horizonte, com uma caminhada, saindo da praça do Papa até a praça Milton Campos. Segundo o MAB, foram feitas duas paradas, a primeira, em frente ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), na avenida Afonso Pena, e em seguida em frente à Agência Nacional de Mineração. Nas duas instituições, o MAB protocolou documentos questionando o Estado em relação ao rompimento da barragem que deixou 270 mortos, sendo que 11 ainda estão desaparecidos. Segundo o movimento, 350 atingidos percorrerão cerca de 300 quilômetros em caravana. "Pretende-se com a marcha, dar visibilidade e legitimidade nacional e internacional à luta dos atingidos e atingidas por barragens diante dos dois crimes da Vale; fortalecer a unidade e organização estadual e nacional entre atingidos na luta e resistência pelos seus direitos e na construção de um novo projeto energético popular; denunciar os crimes e o tratamento que as empresas privadas vêm fazendo sobre a sociedade brasileira especialmente aos atingidos por barragens; e reconhecer os atingidos e atingidas como defensores dos Direitos Humanos", diz o movimento. A marcha passará pelas cidades de Pompeu, Juatuba, Citrolândia, São Joaquim de Bocas, Betim, onde será realizado um seminário internacional que contará com a presença do ex-presidente Lula, e termina no sábado com atividades Brumadinho e no Córrego do Feijão.

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