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Presa de forma arbitrária em São Paulo há mais de dois meses, a cantora, liderança de movimento de moradia e apresentadora do Boletim Lula Livre, Preta Ferreira, enviou nesta quarta-feira (4) uma carta aos seus companheiros de militância.
O escrito veio à público através de uma comitiva que visitou a ativista, pela manhã, na Penitenciária Feminina de Santana. O grupo era composto pela vereadora Juliana Cardoso (PT-SP), Graça Xavier, que é vice-presidenta do Presidenta do CONDEPE, pelo Padre Paulo Sérgio Bezerra, da Igreja Povo de Deus em Movimento (IPDM) e Kley Tass, do Movimento de Moradia Para Todos (MMPT).
A ativista, junto com Ednalva, Angélica e Sidney, lideranças do movimento de moradia que também foram presas, são alvos de uma ação do juiz Marco Antônio Martins Vargas, do Departamento de Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária de São Paulo (DIPO), que integra a investigação sobre o edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou no Largo do Paissandu, em maio de 2018. Todos os detidos, no entanto, nunca fizeram parte da organização da ocupação do prédio em questão.
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"Nós estamos escrevendo a história do País, e escrevendo com amor, o que eles não tem. Nosso crime foi ter nascido mulheres negras e com sangue de justiça e igualdade, enquanto houver injustiça nesse País lá estaremos", escreveu Preta.
E prosseguiu: "Fiquem fortes e unidos, eles não nos derrotaram e sim nos fizeram mais fortes e convictos de que estamos no caminho certo".
Em nota, a comitiva que foi à prisão informou que Preta e Ednalva exalaram "boa energia". "Saímos com a certeza de que dias melhores virão porque estão bem, mesmo sendo encarceradas, disseram que estão alimentado o corpo e alma para trilhar o bom combate onde a melhor arma é o argumento", disseram.
Confira, abaixo, a íntegra da carte redigida por Preta Ferreira.