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Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo, anunciou nesta quinta-feira (28) a "primeira grande mobilização" contra a reforma da Previdência.
Crítico ao projeto apresentado por Jair Bolsonaro ao Congresso, Boulos pretende reunir trabalhadores para, assim como aconteceu em 2017 com a reforma de Michel Temer, barrar a votação do projeto no Congresso.
"O Temer tentou aprovar uma reforma como essa em 2017 e nós barramos nas ruas com muita luta. É o que vamos fazer de novo agora", disse Boulos em um vídeo divulgado em suas redes sociais.
Para o coordenador do MTST, a reforma da Previdência proposta pelo governo "é ataque brutal aos nossos direitos" e "uma covardia contra os mais pobres". "Ela [a reforma] mexe no andar de baixo e mantém os privilégios para favorecer principalmente os banqueiros", disse Boulos, tecendo críticas a pontos específicos do projeto como a redução da aposentadoria para quem recebe Benefício de Prestação Continuada, por exemplo.
A mobilização nacional contra a reforma será no dia 28 de março. Na capital paulista, onde é esperada uma das maiores manifestações, a concentração será às 17h no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Principais pontos do projeto de reforma da Previdência do governo Aposentadoria rural – A idade mínima passa a ser de 60 anos para mulheres e homens. Hoje é de 55 e 60 anos, respectivamente. O tempo de contribuição mínimo sobe de 15 para 20 anos. Professores – idade mínima de 60 anos para homens e mulheres com tempo de contribuição mínimo de 30 anos.Está marcada a primeira Grande Mobilização contra a Reforma da Previdência. Chegou a hora de tomar as ruas. Vamos sem medo! pic.twitter.com/J0ZT1bsZSq
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) 28 de fevereiro de 2019
Idade mínima – homens deverão ter 65 anos e mulheres 62 anos para se aposentar.
Aposentadoria por tempo de contribuição – deixa de existir essa possibilidade, pois a idade mínima passará a ser exigida. Hoje, sem idade mínima, mulheres que contribuíram por 30 anos e homens que contribuíram por 35 anos podem se aposentar.
BPC – o Benefício de Prestação Continuada (BPC), renda mensal de um salário mínimo a idosos e deficientes em condições de miseralibidade, cai para R$ 400. Com a reforma o benefício poderá ser pago a partir dos 60 anos. Para ter acesso ao valor de um salário mínimo, o idoso deverá completar 70 anos.