Movimento Passe Livre volta às ruas contra aumento da tarifa nos transportes de SP

O MPL, que deu início à onda de manifestações em junho de 2013, realiza hoje o "primeiro grande ato" na capital paulista contra o aumento acima da inflação nas tarifas dos transportes do estado promovido por Doria e Covas

Foto: MPL
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O Movimento Passe Livre (MPL) está convocando para hoje (quinta-feira 10), na capital paulista, um "grande ato" contra o aumento das tarifas nos transportes do Estado encabeçado pelo governador João Doria e o prefeito Bruno Covas, ambos do PSDB. Covas já havia anunciado o aumento no final de dezembro. Já Doria o fez na última quinta-feira (3). Desde a manhã da última segunda-feira (7) as passagens de ônibus, trem e metrô, que até então custavam R$4, passaram a valer R$4,30 - um aumento de 7,5%, acima da inflação acumulada desde a data do último aumento, em janeiro de 2018, quando a passagem subiu de R$ 3,80 para R$ 4. O preço da integração entre ônibus e trem também subiu: foi de R$6,96 para R$7,48. O governo federal, por sua vez, reajustou o salário mínimo abaixo da inflação. "Nenhum aumento de tarifa é justo! E com o reajuste do salário mínimo (abaixo da inflação) e a reforma trabalhista a tarifa vai pesar ainda mais no bolso do trabalhador", escreveram os organizadores do ato do Movimento Passe Livre no evento de divulgação no Facebook. O ato terá início às 17h em frente ao Teatro Municipal de São Paulo, na região central da cidade. Saiba mais sobre o protesto aqui. O MPL realiza anualmente atos contra o aumento das tarifas no transporte e ganhou projeção nacional em 2013, quando encabeçou as primeiras manifestações que acabaram sendo apropriadas por outros movimentos se transformando nas chamadas "jornadas de junho", reunindo quase que diariamente milhares de pessoas nas ruas contra o sistema político vigente no país.