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Em nota, secretário geral da central desmentiu a Folha, que veiculou matéria sugerindo negociações entre a Força Sindical e Michel Temer para que os sindicatos fizessem oposição mais branda ao projeto de reforma da Previdência. "Em nenhum momento falamos em troca com o governo", afirmou. Leia
Por Redação
Ao contrário do que foi veiculado pela Folha de S. Paulo no último sábado (25), a Força Sindical não está negociando com o governo Temer uma oposição mais branda à reforma da Previdência. A matéria “Por mais verba, centrais podem apoiar Temer em reformas”, informava que, em uma reunião com o presidente Michel Temer, a central presidida pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) teria proposto apoiar a reforma da Previdência caso o governo regulamentasse a contribuição assistencial aos sindicatos de trabalhadores não sindicalizados.
Em nota, o secretário geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, desmentiu o jornal. "Isso não é verdade. Eu estive na reunião noticiada na matéria, com o presidente Michel Temer, junto com os deputados federais Paulinho da Força SD-SP e Bebeto PSB-BA. Em nenhum momento falamos em troca com o governo", escreveu.
Juruna, na nota, salientou ainda que a reunião em que a Força tratou sobre o financiamento sindical com outras centrais se deu antes da reunião citada pela Folha com o presidente Temer.
Leia, abaixo, a íntegra da nota.
A matéria de capa da Folha “Por mais verba, centrais podem apoiar Temer em reformas”, de sábado, 25, distorce fatos e induz o leitor a julgar que as centrais sindicais envolvidas nas negociações das reformas da previdência e trabalhista estão dispostas a aliviar a forte pressão exercida sobre o governo em troca de mais verba sindical. Isso não é verdade. Eu estive na reunião noticiada na matéria, com o presidente Michel Temer, junto com os deputados federais Paulinho da Força SD-SP e Bebeto PSB-BA. Em nenhum momento falamos em troca com o governo. Inclusive a conversa entre as centrais Força Sindical, CSB, Nova Central e UGT, sobre o financiamento das entidades sindicais, na qual concluímos que seria melhor se este debate ocorresse junto com o debate sobre as reformas Previdenciária e Trabalhista, ocorreu antes desta reunião com o presidente da República. Levantamos, entre as centrais sindicais citadas, a importância de abordar a questão do financiamento sindical devido a uma decisão do STF que retira a contribuição dos não associados, o que levará a uma brutal diminuição do orçamento das entidades de classe. Em nossa opinião isso é uma contradição, uma vez que, no Brasil, todos os trabalhadores, sócios e não sócios, se beneficiam dos acordos e convenções coletivas firmados pelos sindicatos. Propor mudanças na legislação, fortalecendo o negociado sobre o legislado e, ao mesmo tempo, diminuir a verba para as entidades de classe, nos leva a uma única conclusão: quem se beneficia é o patronato. João Carlos Gonçalves, Juruna Secretário Geral da Força Sindical