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Em reunião com Temer, a central sindical comandada por Paulo Pereira da Silva ofereceu uma resistência menor ao projeto de reforma da Previdência caso o governo regulamente a contribuição assistencial, taxa paga por trabalhadores que aumentaria a renda dos sindicatos; CUT, CTB e outras centrais cogitam greve geral
Por Redação*
A Força Sindical, presidida pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD-SP), não deve oferecer grandes resistências ao projeto de reforma da Previdência do governo que vem sendo tão criticado pelos sindicatos. Paulinho, como é conhecido, foi um apoiador ferrenho do impeachment de Dilma Rousseff e articulou na Câmara para que Michel Temer fosse presidente. Agora, se mostra leal ao presidente ao dar abertura para que se faça uma oposição menor a um projeto que prejudicará milhões de trabalhadores.
Em reunião com Temer e o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, na última terça-feira (21), Paulinho disse que apoiaria a reforma da Previdência caso o governo regulamente um projeto que retome a contribuição assistencial dos trabalhadores aos sindicatos. Atualmente, somente trabalhadores sindicalizados pagam tal contribuição. A ideia de Paulinho é que todos os trabalhadores ativos passem a contribuir, sindicalizados ou não - o que aumentaria a renda dos sindicatos. O valor da contribuição é decidido pelas próprias centrais.
De acordo com a Força Sindical, apoiam o acordo a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) e a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).
As conversas com o governo devem ser retomadas nos próximos dias. Caso Temer concorde com a proposta, a Força Sindical deve, inclusive, cancelar os protestos que estava articulando com outras centrais contra a reforma da Previdência.
Esse não é o caminho adotado por outras grandes centrais sindicais. A CUT e a CTB não fizeram qualquer indicação de negociação e trabalham para articular, em abril, uma greve geral.
*Com informações da Folha de S. Paulo