“O modelo de política urbana adotado pelo governo federal nos últimos anos privilegia abertamente o setor imobiliário. Não há uma política urbana que contenha os avanços do capital imobiliário e que seja capaz de fortalecer as políticas públicas de habitação de interesse social e de urbanização do país”, explica o manifesto dos organizadores da “Jornada Nacional da Resistência Urbana”, que acontece nesta quarta-feira (18).
O ato é promovido pelo Movimento de Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e por movimentos da Frente de Resistência Urbana. Dezenas de rodovias e avenidas das capitais do Programa Minha Casa Minha Vida estão bloqueadas para protestar pelo lançamento imediato da terceira etapa do programa, atrasado desde 2014, e pelo recuo no ajuste fiscal.
Os manifestantes pedem reforma popular e de massas e protestam por:
- Lançamento imediato da terceira etapa do programa Minha Casa Minha Vida; prioridade na gestão direta pelos movimentos e não pelas empreiteiras; localização central e maior qualidade das moradias; garantia de pelo menos 70% das moradias para famílias com renda inferior a 3 salários mínimos, mantendo o subsídio.
- Tratamento digno às comunidades a aos movimentos sociais pelos governos e pelo judiciário, associado à política e não à polícia; suspensão de todos os despejos e urbanização das áreas ocupadas, garantindo acesso aos bens e serviços públicos;
- Efetivação dos mecanismos de regulação urbana e controle da especulação imobiliária previstos no Estatuto das Cidades;
- Controle social dos alugueis;
- Tarifa zero no transporte público; transporte como um direito social;
- combate à violência policial, que atualmente é sistemática e estrutural, direcionada principalmente aos jovens negros e pobres; desmilitarização da polícia.
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Fotos: Ninja