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Didi, como era conhecido, teve um longo histórico de luta pelos direitos dos trabalhadores
Por Redação
Ativistas políticos e sindicalistas lamentam, hoje, a perda de um de seus maiores representantes. Dirceu Travesso, o Didi, morreu por decorrência de um câncer, deixando um legado de conquistas e o exemplo de uma vida dedicada à luta pelos ideais socialistas. Ele começou na militância ainda nos anos 1970, no combate à ditadura militar, e se tornou uma figura de destaque nas manifestações trabalhistas, tendo atuação além das fronteiras do País.
Didi encorajou atos em favor da causa Palestina, pela retirada das tropas brasileiras do Haiti, em apoio às revoluções do Oriente Médio e Norte da África, buscando a unidade da classe trabalhadora em todo o mundo. Por essas e outras ações, foi um dos impulsionadores principais da Rede Solidária Internacional, sempre opondo-se às opressões das classes dominantes.
Abaixo, a nota de falecimento divulgada pela Secretaria Executiva Nacional da CSP – Conlutas.
Morre Dirceu Travesso, o Didi, dirigente histórico das lutas dos trabalhadores brasileiros
Morreu na manhã desta terça-feira, dia 16, Dirceu Travesso, o Didi, dirigente do PSTU e da CSP-Conlutas. Vítima de um câncer no pulmão, doença que já vinha enfrentando há cinco anos, Didi, ficou internado por 45 dias no Hospital do Câncer, em São Paulo.
Com longa trajetória na luta política e sindical dos trabalhadores brasileiros, Didi começou a militar em 1979, ainda quando era estudante da Universidade de São Carlos.
Ali, organizou manifestações pela libertação de operários que estavam sendo presos e torturados. Manifestações que garantiram a vida desses presos políticos. Eram eles Celso Brambilla, Márcia Basseto e José Maria de Almeida.
Foi um dos que lutaram contra a ditadura militar. Militante da Convergência Socialista, ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Em 1994, foi um dos fundadores do PSTU.
Quando da ruptura da CUT já nos anos 2000, Dirceu foi fundamental para a organização de uma alternativa de esquerda no movimento sindical e popular no Brasil: a CSP-Conlutas.
Entrou para a categoria bancária no início dos anos 80, onde atuou por anos. Trabalhou no Itaú, Bradesco, Banco Noroeste e na Nossa Caixa. Fez parte da organização nacional da categoria na década de 1980. Esteve na diretoria do Sindicato dos Bancários de São Paulo e também na construção da oposição bancária.
Atualmente, atuava na área internacional da Central levando campanhas internacionalistas da luta dos trabalhadores e articulou com outras entidades a Rede Internacional de Solidariedade e Lutas.
Didi foi um incansável defensor da classe trabalhadora, da construção do partido revolucionário e do internacionalismo. Ficará sempre presente e a melhor forma de homenageá-lo será continuarmos sua luta.
O velório será na Quadra do Sindicato dos Bancários, a partir das 16h. O endereço é rua Tabatinguera, 192. Às 20h será prestada uma homenagem.
Foto de capa: Facebook/Reprodução