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Em agosto de 2000, moradores de rua e de favelas cariocas ocuparam shopping na zona sul do Rio de Janeiro
Por Igor Carvalho
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Manifestantes visitam loja do shopping (Foto: Reprodução/Youtube)[/caption]
O documentário “Hiato:”, de 2008, registra o que pode ser considerado o primeiro “rolezinho”. Em 2000, um grupo de sem teto e moradores de favelas cariocas entrou em um shopping da zona sul do Rio de Janeiro.
“Quando chegamos no shopping, a polícia já estava de cassetete na mão e o pessoal [lojistas] já estavam fechando as portas”, afirmou Elizabeth da Silva, uma das manifestantes, no filme. “Começaram a chamar a polícia, a gente parecia bandido”, disse Claudionor Magalhães. “Tinha muito bandido”, completou ironicamente, explicando que, naquele dia, eram moradores de rua e de favelas que “estavam visitando o shopping”.
Nas imagens, é possível ver os manifestantes andando pelas lojas, consultando os preços e procurando por vendedores. A professora e pesquisadora da Escola de Comunicação da UFRJ, Ivana Bentes, lembra que a polícia foi chamada porque estavam ali pessoas de “outro grupo social” que atravessaram uma “parede invisível” que separava os dois mundos, até então distantes.
Confira o documentário:
Manifestantes visitam loja do shopping (Foto: Reprodução/Youtube)[/caption]
O documentário “Hiato:”, de 2008, registra o que pode ser considerado o primeiro “rolezinho”. Em 2000, um grupo de sem teto e moradores de favelas cariocas entrou em um shopping da zona sul do Rio de Janeiro.
“Quando chegamos no shopping, a polícia já estava de cassetete na mão e o pessoal [lojistas] já estavam fechando as portas”, afirmou Elizabeth da Silva, uma das manifestantes, no filme. “Começaram a chamar a polícia, a gente parecia bandido”, disse Claudionor Magalhães. “Tinha muito bandido”, completou ironicamente, explicando que, naquele dia, eram moradores de rua e de favelas que “estavam visitando o shopping”.
Nas imagens, é possível ver os manifestantes andando pelas lojas, consultando os preços e procurando por vendedores. A professora e pesquisadora da Escola de Comunicação da UFRJ, Ivana Bentes, lembra que a polícia foi chamada porque estavam ali pessoas de “outro grupo social” que atravessaram uma “parede invisível” que separava os dois mundos, até então distantes.
Confira o documentário: