Os manifestantes que há mais de uma semana promovem protestos contra o governo turco se recusaram nesta segunda-feira (10) a suspendê-los após o aviso do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, de que eles “pagariam o preço” pelos atos que ocorrem nas principais cidades do país.
A mobilização defende o fim do governo Erdogan e reclama da desocupação da Praça Taksim Gezi, em Istambul, para a construção de um shopping. Os manifestantes, muitos acampados em barracas, agora controlam uma grande parte ao redor da praça. Nas vias de acesso há barricadas de tijolos, pedras e barras de aço.
A Praça Taksim, em Istambul, que se tornou o centro dos protestos, virou palco de discursos. Os confrontos começaram no último dia 31 e sofrem intensa repressão policial. Pelo menos três pessoas morreram e 4 mil ficaram feridas nos confrontos.
Na noite de sábado (8), os policiais tentaram desmobilizar os manifestantes, em Ancara, capital turca, usando gás lacrimogêneo e bombas de água. “Temos sido pacientes, continuamos pacientes, mas há um limite para a nossa paciência”, disse Erdogan, que retornou ao país no fim de semana, depois de visitar o Magrebe (África).