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Sindicalistas da CGT deverão criar um partido político para disputar as eleições legislativas do próximo ano
Por Cezar Xavier, com informações do Valor Econômico
Sindicalistas da central sindical argentina CGT deverão criar um partido político para disputar as eleições legislativas do próximo ano. A proposta seria, segundo reportagem do Valor Econômico, uma reação ao isolamento promovido pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, ao anunciar anteontem o valor do novo salário mínimo.
Cristina está rompida, desde o ano passado, com o secretário-geral da CGT, Hugo Moyano, por não estar alinhado à Casa Rosada. No anúncio do reajuste do salário mínimo, ela só convidou dirigentes que ajudaram o governo a frear os reajustes salariais nas negociações do setor privado, em seu esforço para reduzir a inflação. O reajuste do salário mínimo anunciado não repõe a inflação do período.
Os sindicatos alinhados a Moyano tiveram comportamento oposto, garantindo reajustes acima da inflação com paralisações radicalizadas que impediram a participação da presidenta Kirchner na cúpula Rio+20, em junho.
Peronismo oposicionista
Sindicatos ligados a Moyano promovem uma reunião hoje para começar a estruturar o partido, que vai se chamar Movimento pela Reconquista Peronista. A articulação está sendo comandado por Geronimo Venegas, líder dos trabalhadores rurais e dos estivadores marítimos, que formam um único sindicato, a Uatre.
Venegas rompeu com o governo três anos antes de Moyano, durante o conflito entre Cristina e empresários do meio rural, em 2008. Para atrair lideranças de fora do meio sindical, Venegas afirmou que o novo partido tentará conciliar antigos adversários, como o ex-ministro da Economia Roberto Lavagna e o ex-presidente do Banco Central Aldo Pignanelli, ambos do governo de Eduardo Duhalde (2002-2003).