MÁQUINA DE PROPAGANDA SIONISTA

GloboNews escala porta-voz do Exército de Israel após "desculpas" de Eliane Cantanhêde

Nascido no Brasil, Rafael Rozenszajn, que deu curso para doutrinar prefeitos brasileiros em Israel, fez propaganda do governo sionista por 26 minutos, teve 8 cortes divulgados pela GloboNews e divulgou redes sociais contra "desinformação" da mídia.

Porta-voz do Exército de Israel, Rafael Rozenszajn é entrevistado na GloboNews após desculpas de Cantanhêde.Créditos: Reprodução / GloboNews
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Um dia após transformar o pedido de desculpas de Eliane Cantanhêde aos sionistas em notícia, humilhando a comentarista da própria emissora, a GloboNews escalou o porta-voz do Exército de Israel, Rafael Rozenszajn, que é nascido no Brasil, que foi entrevistado por mais de meia hora pelas jornalistas Daniela Lima e Camila Bonfim na manhã desta segunda-feira (23).

ENTENDA: 
Eliane Cantanhêde vira alvo após expor sionistas na GloboNews e pede desculpas: "me expressei mal"
Prefeitos brasileiros em Israel receberam palestra para atuar em defesa da narrativa sionista; VÍDEO

Durante o programa Em Pauta, da GloboNews, na última sexta-feira (20), Eliane Cantanhede expôs a máquina de propaganda sionista ao perguntar a Jorge Pontual porque os ataques de Israel matam milhares na Faixa de Gaza, enquanto os mísseis do Irã não resultam em vítimas fatais em Israel.

A reação do lobby sionista foi imediata, acusando - como sempre - a jornalista de "antissemitismo". 

"A fala de Eliane Cantanhêde na GloboNews é mais do que ignorância, é desinformação e deboche com cheiro de antissemitismo", diz uma publicação atacando a jornalista no Instagram da Federação Israelita de São Paulo, uma das principais agentes do lobby sionista no Brasil.

Diante da reprimenda dos sionistas, que atuam em conluio com os irmãos Marinho da Rede Globo, Eliane Cantanhede divulgou uma publicação na rede X pedindo desculpas pela colocação.

Nesta segunda-feira, o porta-voz do Exército de Israel foi entrevistado por 26 minutos, sem ser indagado sequer uma vez com perguntas que incomodam os sionistas. Imediatamente, a GloboNews compartilhou ao menos 8 cortes da entrevista nas redes sociais.

Durante quase meia hora, o militar, um dos responsáveis pela doutrinação de prefeitos brasileiros que foram bancados pelo lobby sionista na viagem a Israel, repetiu narrativas históricas usadas por Benjamnin Netanyahu e pelo governo israelense para tentar justificar os ataques ao Irã - após dizimar o povo palestino na Faixa de Gaza.

"Nós estamos lutando para garantir que o Irã não continue sendo uma ameaça para o futuro de Israel. Para isso, nós precisamos impedir que o Irã continue atuando em três frentes. Primeiro, no programa nuclear; segundo, para que o Irã não continue produzindo mísseis balísticos (...) E também o fato de o Irã ser o pai do terrorismo no mundo", disse Rozenszajn.

A acusação, de que o Irã estaria prestes a produzir armas nucleares, em prazos de até 5 anos, é repetida por Netanyahu há mais de três décadas, sendo que Israel, que tem armas nucleares, nunca foi signatário do acordo para não proliferação desse tipo de armamento, como é o regime persa.

Ao final da entrevista, Rozenszajn ainda pediu tempo para acusar a mídia de "desinformação no Brasil" e divulgou suas redes sociais para que as pessoas sigam para ter informações diretas da máquina de propaganda sionista.

Doutrinação de prefeitos brasileiros

Porta-voz das Forças Armadas de Israel em português, Rafael Rozenszajn protagoniza vídeos divulgados pelo jornal O Potiguar dando aulas para doutrinar um grupo de prefeitos e políticos que foram bancados pelo movimento sionista para se tornarem "embaixadores da verdade".

Durante a palestra, que contou, por exemplo, com a presença do prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, Rozenszajn nega os números de mortes de civis em Gaza e defendeu que Israel fez "zonas humanitárias" no território.

"Todos os nossos alvos são alvos militares", mente Rozenszajn.

O porta-voz sionista ainda ataca a própria TV Globo e a "mídia" brasileira, incluindo o SBT - que pertence à família Abravanel, de origem judaica -, acusando de divulgar notícias equivocadas sobre o genocídio em Gaza e as ações militares promovidas por Israel.

 

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