A Globo está sendo processada pela primeira vez por causa dos valores pagos pelas reprises de novelas no canal Viva. A ex-atriz da emissora, Maria Zilda Bethlem, que fez inúmeros trabalhos na casa, de 1970 a 2010, ingressou com uma ação na Justiça, em que pede valores mais altos pelas reapresentações.
O caso, apresentado na terça-feira (15), corre na 28ª Vara Cível da Comarca do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), de acordo com informações da coluna F5, na Folha de S.Paulo.
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Maria Zilda afirmou que foi contratada da Globo durante 40 anos e que, durante o período em que ficou no ar, não existia legislação específica que regulasse valores para exibição de TV por assinatura ou streaming.
Dessa forma, segundo alegações da atriz, os direitos sobre essa questão ficaram “confusos e complexos”. Outra reclamação é que as quantias pagas nos últimos anos não foram explicadas pela emissora e são muito baixas para a realidade do mercado.
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Não é de hoje que Maria Zilda faz essas reivindicações. Durante uma live no Instagram, em 2020, com a também atriz Maria Padilha, ela reclamou publicamente da Globo pelos pagamentos feitos sobre reprises no canal Viva.
“Sabe quanto eles me pagaram por toda a novela ‘Selva de Pedra’? Faço questão de dizer: R$ 237,40. Pela lei, a gente ganha 10% de tudo o que ganhou na novela durante um ano. Então, para você ganhar R$ 237, é porque você ganhava isso por mês, então você ganhou durante um ano R$ 2 mil? Você trabalhou dez meses ganhando R$ 200? Para reprise, funciona. Quando mostra no Viva, eles alegam que não são donos. Eu não me conformo com isso”, afirmou, à época.
O objetivo da artista é que sua iniciativa se transforme em um precedente para outros atores que reclamaram dos pagamentos nos últimos anos.
Outros atores já reclamaram
Mateus Solano, Tuca Andrada, Sergio Marone, Nívea Stelmann e até Sonia Braga são exemplos de atores que já se queixaram da Globo pelos valores pagos pelos direitos conexos de reprises.
Na ação, Maria Zilda não estipula um valor específico. Ela pretende que a Justiça obrigue a Globo a rever os contratos e pague “o que foi é justo”: 10% do valor estimado da obra.
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