“Por que se cuidar ainda é visto como ‘coisa de mulher’?”, questiona o empresário e ex-BBB Eliezer, em post no Instagram, onde conta sobre seus últimos cuidados com a saúde, incluindo a cirurgia de ginecomastia para reduzir o tamanho de suas mamas.
Após o nascimento de sua filha Lua com a também ex-BBB Viih Tube, Eliezer começou a compartilhar debates envolvendo masculinidade tóxica, paternidade, cuidados com a saúde e machismo.
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Na última semana, o ex-BBB realizou o procedimento de redução das mamas, relacionado ao quadro de ginecomastia, uma condição anormal que afeta homens e faz com que as mamas se desenvolvam em tamanho excessivo. Nas redes, após onda de ataques machistas, ele desabafou sobre como o cuidado com a saúde e a estética está relacionado somente às mulheres.
“Por que na maioria das vezes quando questionamos um homem sobre cuidado a resposta é quase sempre ‘não preciso disso não, to bem!’. A gente tá vivendo um momento de mudança de comportamento e acho muito importante levantar essa questão pra gente entender melhor ‘o que é ser homem?’ É só sobre virilidade? Cuidado ou autocuidado tira do homem essa tal ‘virilidade’?”, diz.
Ele então fala da importância de uma mudança na educação dos meninos no que se refere ao machismo.
"Ainda vivemos uma infância onde somente é ensinado cuidado para meninas (como sempre foi: 'filha, quando crescer, vai ter seus filhos, tem que saber cuidar dos seus irmãos, cuidar da casa, dos filhos… quando ficar 'mocinha' tem que começar a ir ao médico)' mas e o menino? É essencial que haja um novo olhar para a criação dos nossos ‘novos’ meninos, colocar o 'cuidado' na educação, rotina dessa criança porque cuidado é coisa de ‘macho, de ‘fêmea’ e qualquer outro tipo de gênero que exista".
‘Pai não é rede de apoio! Pai é pai’
Outro debate importante levantado por Eliezer é sobre o papel do pai na criação dos filhos. Em um texto publicado junto a um vídeo com a filha, o empresário traz uma reflexão sobre o pai não ser rede de apoio, não “ajudar” nas tarefas com os filhos e sim cumprir com uma obrigação tal qual a mãe.
“Esse é um questionamento que muitas pessoas ainda se fazem: ‘qual é o papel do pai?’ ‘É ajudar no que consegue?’ A participação ativa dos homens ainda é vista como um 'acontecimento'. Isso faz com que muitas pessoas vangloriem aqueles homens que atuam ativamente, exercendo a paternidade da forma compartilhada. O que ajuda algumas pessoas (principalmente mulheres) a acharem que a atuação do pai seja mais como uma ajuda e não de fato, responsabilidade. Por isso é importante entender que a parentalidade engloba a função materna e a paterna, independente dos gêneros”.
Ele finaliza afirmando que evoluímos em relação ao assunto, mas ainda é importante trazer a pauta. “Pai não é rede de apoio”, rede de apoio inclui a família extensa, os amigos, colegas de trabalho, relações comunitárias e serviços de saúde, de credo religioso ou político, incluindo tanto as relações íntimas como aquelas ocasionais mas o pai não. Pai é pai”.