Nesta quinta-feira (28), o grupo Carreta Furacão se pronunciou após ter sido condenado a pagar uma indenização ao filho de Orival Pessini, criador do personagem Fofão.
A Carreta afirmou que a sentença “não reflete adequadamente o contexto e a natureza da expressão artística em questão” e que está interpondo recurso para que a Justiça reconheça “a legitimidade e a importância do personagem caricato”.
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Entenda o caso
A Carreta Furacão, grupo conhecido por bombar na internet com seus vídeos em que personagens infantis aparecem dançando no meio da rua, terá que pagar uma indenização de R$ 70 mil para o filho do criador do personagem Fofão.
A decisão diz respeito ao processo movido pela empresa detentora dos direitos do boneco, Artística S/s Ltda., e foi proferida pelo juiz Thomaz Carvalhaes Ferreira, da 7ª Vara Cível de Ribeirão Preto.
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Os donos de Fofão alegam que foi feito um uso indevido do personagem, cuja imagem, popularizada no programa dos anos 1980 “Balão Mágico”, não estaria sendo preservada para o público infantil, como desejava seu criador.
Isso porque a Carreta Furacão, desde 2016, possui o personagem Fonfon, a quem os autos consideram uma “caricatura que faz uma paródia do boneco original”.
O juiz considerou o uso que o grupo fez da imagem de Fofão “indiscriminado” e não autorizado. Além dos R$ 70 mil, a Carreta terá que remover imediatamente qualquer conteúdo que contenha a imagem de Fonfon de seus canais de divulgação, sob pena de multa diária de R$ 2 mil.
O que disse a Carreta Furacão
Em publicação nas redes sociais, o grupo deixou claro não concordar com a decisão tomada, apesar de “respeitar profundamente o Poder Judiciário”.
“Entendemos que a sentença não reflete adequadamente o contexto e a natureza da expressão artística em questão – uma caricatura que visava prestar uma homenagem, expressando carinho e apreço popular”, explicou.
A Carreta ainda clamou pelo “compromisso com o direito à livre expressão artística e com a defesa das manifestações culturais” e afirmou que irá recorrer da decisão, para que seja reconhecida a “legitimidade e a importância do personagem caricato”.
Ao fim, tranquilizou os fãs de que esse não é o fim do grupo.