A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) soltou nota ao lado de sindicatos de jornalistas de várias regiões do país, nesta quinta-feira (5), em que acusa a Rede Globo, por conta das várias demissões na empresa, entre outras coisas, de “etarismo”.
“Posição etarista da empresa, com a demissão sumária de profissionais com décadas de experiência”, diz a nota.
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O que parece, em um primeiro momento, no entanto, é que a emissora tem optado mesmo por por demitir quem ganha mais. E os salários mais altos são, quase sempre, dos colaboradores mais experientes, um fenômeno que ocorre em qualquer empresa.
Nenhum dos jornalistas que têm sido desligados (as demissões ainda não terminaram) não parecem nem de longe pessoas caquéticas, que estão com dificuldades de responder por seus próprios atos no ar.
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Muito ao contrário. Profissionais como Leila Sterenberg, Fábio Turci, Marcelo Canellas e Giuiliana Morrone estão no auge de seu vigor físico, mental e profissional.
Credibilidade
A aparência madura e a vasta experiência profissional deles são fatores que conferem credibilidade ao noticiário. Além disso, eles são profissionais que aprenderam a fazer jornalismo. E jornalismo é uma coisa, o programa Malhação é outra.
Posto isto, o que parece estar em jogo mesmo são os altos salários.
Por este viés, a emissora, que sempre pôde afirmar – e com razão – ter um “padrão Globo de jornalismo”, parece atirar tudo pelas suas janelas e portas.
A quantidade enorme de jovenzinhos que têm invadido a tela, por mais bem intencionados e talentosos que possam ser, jamais poderão substituir assim, de uma hora pra outra, os nomes que se vão.
O mesmo tem acontecido no Esporte e na Teledramaturgia.
Talvez seja cedo pra dizer, mas ao que tudo indica, é o começo do fim de uma era. A vênus platinada abre mão de seu reino por uma questão econômica.
O pior de tudo mesmo é que o que vem atrás na concorrência é muito, mas muito pior.