MENSAGENS DE WHATSAPP

Gleisi se pronuncia sobre foto que o Estadão tirou de conversa privada em seu celular

Deputada federal e presidenta do PT ressalta que não há nada de novo na notícia cavada a partir da foto sem autorização, mas avisa que vai tomar medidas contra o jornal

A deputada federal Gleisi Hoffmann.Créditos: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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A deputada federal e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), se pronunciou na noite desta quinta-feira (2) sobre o fato de um fotógrafo do Estadão ter feito uma fotografia de mensagens em seu celular, sem sua autorização, que foi divulgada em uma reportagem publicada no site do jornal paulista. 

A imagem, feita pelo fotógrafo Wilton Junior, foi registrada sem que Gleisi percebesse durante o evento de relançamento do Bolsa Família, nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto. O registro em questão mostra mensagens recebidas pela deputada, através do aplicativo WhatsApp, do coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.

O dirigente sindical pediu à Gleisi para que ela tentasse viabilizar uma agenda com o presidente Lula para alertar sobre as indicações do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para o Conselho de Administração (CA) da Petrobras. Acontece que o descontentamento dos petroleiros e da própria Gleisi com as indicações não é novidade.

Na terça-feira (28), a FUP, dirigida por Bacelar, havia divulgado nota pública criticando as indicações. “São nomes ligados ao bolsonarismo, ao mercado financeiro e a favor de privatizações. Caso sejam aprovados, no novo CA, poderão impor obstáculos para o cumprimento de programa do governo Lula, que inclui mudanças na política de preços, no sistema de dividendos e fim das privatizações”, diz o comunicado, amplamente difundido. 

Gleisi também já havia se pronunciado na manhã desta quinta-feira sobre o assunto em entrevista ao jornalista Guilherme Amado, do site Metrópoles: “Ele (Alexandre Silveira) é o ministro de Minas e Energia. Ele não pode colocar um conselheiro que seja contra o que o presidente falou na campanha. Estelionato eleitoral não pode, não. Os indicados do governo têm que seguir o governo. Isso vai ser um problema do ministro”.

Ao comentar a foto das mensagens em seu celular divulgadas pelo Estadão, Gleisi ressaltou que não há qualquer novidade na conversa. "Estadão fotografou e divulgou, sem meu conhecimento, tela com mensagem privada que recebi em aplicativo de celular. A 'notícia' q resultou dessa invasão de privacidade não traz nada de novo ou relevante, mas chama a atenção para métodos escusos de obtenção de informações", escreveu a petista através das redes sociais. 

A parlamentar ainda disse estar estudando medidas a serem tomadas contra o jornal paulista.

"Nada justifica a violência cometida pelo jornal. Não há desvio, ilegalidade, sequer impropriedade na mensagem que recebi. Há sim desrespeito ao direito constitucional da privacidade – que a todos protege, inclusive às fontes dos jornalistas. Estou avaliando as medidas cabíveis", concluiu. 

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