O escritor e humorista Gregório Duvivier comentou sobre o artigo do publicitário Washington Olivetto publicado nesta segunda-feira (4), em O Globo, considerado “elitista” e “constrangedor” por vários internautas.
Nele, o publicitário descreve um passeio do filho e mais quatro amigos por um Rio de Janeiro idílico em que ele diz ter procurado “desfazer, principalmente nos garotos estrangeiros, um pouco da péssima imagem que o Brasil vem construindo no exterior nos últimos anos”.
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Duvivier, no entanto, chamou a atenção para um detalhe do texto em que Olivetto se refere à ex-babá do filho e uma espécie de faz-tudo da família: “o publicitário não usou a fórmula habitual ‘ela é como se fosse da família’ nem tampouco ‘ela é quase da família’, mas literalmente ‘virou parte da família’”.
O testamento
De acordo com Gregório, “se eu fosse a babá dos filhos do Washington Olivetto e descobrisse pelo jornal O Globo que ele me considera da família, contratava imediatamente um bom advogado sucessório. Imagino que ela tenha tanto direito aos bens do pai-patrão quanto seus herdeiros diretos”.
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E usa sua ironia pra afirmar que “a frase que promove (ou rebaixa?) a funcionária à categoria de parente talvez tenha passado batido na belíssima coluna do Washington pro Globo, mas, pela primeira vez em toda a vasta obra do publicitário, pode mudar a vida de alguém”.
Apartamento na Vieira Souto
“Vendo outros vídeos de Washington, descubro que é a ex-babá-hoje-parente quem ‘cuida’ do apartamento dele na Vieira Souto —afinal, Washington mora em Londres, onde acontece aquilo que ele chama de ‘vida real’”, afirma o humorista.
E diz acreditar que “o apartamento na orla deva ficar com a familiar que mora nele, senão por herança, por usucapião. Ou pelo fato de o apartamento nem sequer existir, já que ele fica a tantas milhas de distância da vida real”.
Ao final, Duvivier ainda ironiza o fato de publicitários assumirem colunas em jornais que têm demitido jornalistas: “ao que parece o jornalismo, ele também, é quase como se fosse da família da publicidade —duvido que esteja no testamento”, encerra.
Leia o artigo de Gregório Duvivier aqui