Filha do advogado Hélio Beltrão, que morreu em 1997 e ocupou três ministérios durante a Ditadura Militar, Maria Beltrão, apresentadora da GloboNews, mentiu ao dizer que a parcialidade de Sergio Moro (União) não faz de Lula (PT) inocente, contrariando todas as teses jurídicas de que uma pessoa só pode ser considerada condenada quando se esgotam todas as possibilidades de recursos na Justiça.
"É evidente que todo cidadão tem o direito de um julgamento justo. E na visão dessa comissão da ONU, visão que depois foi a mesma visão da própria segunda turma do Supremo Tribunal Federal, visão que o juiz Moro não teria sido imparcial. Isso não quer dizer também que o ex-presidente Lula foi inocentado. Porque tudo a gente tem que repetir bem devagarzinho, né?", disse a jornalista, tentando minimizar a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU, que proferiu sua decisão após a sentença do STF - e não antes como ela alega.
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Para sustentar sua tese, Maria Beltrão diz que "à época, quando Moro condenou o presidente Lula, tanto o TSE como o Supremo Tribunal Federal confirmaram de fato a condenação.
Na verdade, quem confirmou a sentença de Moro foram a oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) e a quinta turma do Superio Tribunal de Justiça (STJ). O mérito da sentença não chegou sequer a ser analisado pelo Supremo.
A jornalista ainda ignora o fato de que a confirmação dos colegiados se deu justamente em cima de uma decisão considerada parcial pelo STF de Sergio Moro, o que anula totalmente a sentença.
Dessa forma, Lula é considerado inocente, pois não há nenhuma condenação em mais de 20 processos movidos no lawfare conduzido pela Lava Jato contra ele.
Assista ao vídeo da apresentadora.