Lavajatista, revista Crusoé aponta para ‘perigo’ do fim da operação e anulação de sentenças

Reportagem passa por cima das ilegalidades das conversas entre Moro e os procuradores e diz que há “uma corrida de advogados ao tribunal para obter acesso à íntegra dos diálogos roubados”

Sérgio Moro. Foto: Marcos Corrêa/PR
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A revista Crusoé fez reportagem de capa em sua edição desta semana onde aponta para o perigo não só da dissolução da operação Lava Jato, como também de uma sequência de anulações das sentenças proferidas pelo então juiz Sérgio Moro.

Para a revista, “a decisão do STF de entregar a Lula as mensagens roubadas é só o começo: o plano dos detratores da Lava Jato é enterrar a operação com a anulação de processos e a absolvição de réus”, diz a Crusoé.

Em texto ilustrado na capa pelo ministro Gilmar Mendes, a reportagem passa por cima das ilegalidades das conversas entre Moro e os procuradores da operação, para apontar o que seria “uma corrida de advogados” para anular processos:

“Desde o mês passado, está em curso uma corrida de advogados ao tribunal para obter acesso à íntegra dos diálogos roubados. O objetivo é simples: tentar encontrar, no meio das conversas dos investigadores, possíveis ‘desvios de finalidade’ relacionados a processos dos seus clientes, o que serviria para embasar pedidos de nulidade”, diz trecho. 

A reportagem diz ainda: “Advogado de réus da Lava Jato no STF, o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, aquele que vende seus préstimos sob a alcunha de Kakay, defende que todos os atos processuais de Moro ao longo da operação sejam anulados. ‘É claro que todos os advogados que atuaram em casos dele (Moro) vão fazer uma verificação para ver se ele também instrumentalizou o Poder Judiciário em outros casos’, afirma.”