Com prisão decretada por pensão, ator da Globo ameaça encerrar a carreira

André Gonçalves é alvo de prisão em ação movida por duas filhas, Valentina, do relacionamento com Cynthia Benini, e Manuela, da relação com Tereza Seiblitz. "Elas viraram as costas para mim por dinheiro", alega

André Gonçalves (Foto: Reprodução/TV Globo)
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Alvo de dois pedidos de prisão por não pagar pensão para duas filhas, o ator André Gonçalves, da Globo, afirmou que pode encerrar a carreira caso seja preso.

"Então eu decidi parar, vou parar e encerrar a carreira. Eu não sei o que vai acontecer, sabe? Eu não vou suportar ser preso. Encerrando eu dou um novo passo na minha vida. Eu posso construir uma nova história. Não aguento mais tanta pressão por dinheiro. Eu venho com isso há cinco anos. Achando que todo dia vai ter um oficial de Justiça na minha porta, me acordando às 5h da manhã, de sobressalto. Há cinco anos eu vivo isso", disse ao jornal O Globo deste sábado (11).

O primeiro pedido de prisão de Gonçalves partiu da Justiça de Santa Catarina pelo ator não pagar pensão alimentícia da filha Valentina, de 18 anos, do relacionamento com a jornalista e atriz Cynthia Benini.

Já nesta sexta-feira, a Justiça do Rio decretou a prisão do artista em processo movido pela filha mais velha, Manuela Seiblitz, de 23 anos, que cobra pensão mensal de R$ 6 mil e não aceitou o pagamento atrasado do acordo de R$ 20 mil. A filha da relação com a atriz Tereza Seiblitz pede a prisão do pai por uma dívida de R$ 109 mil.

"Elas viraram as costas para mim por dinheiro, não quero dizer nenhum nome ruim dos meus filhos, mas eu acho que é inominável a situação que eu estou passando sem precisar passar. A saída não é a prisão. Eu sei o pai que eu sou, que eu quero ser. Não sou bandido", disse.

Gonçalves classificou como "cruel" a lei da pensão alimentícia e disse que só consegue pagar R$ 1 mil para cada um dos três filhos.

"Eu não tenho R$ 350 mil e nem R$ 110 mil. Eu vou preso. Então eu acho desproporcional porque como sou um trabalhador autônomo não posso pagar R$ 6 mil para um e R$ 4,5 mil para outro. Me sinto no paredão de fuzilamento. Não sou uma pessoa má. Nunca fui com eles. Um filho fazer isso com um pai", lamenta.