Humorista chama Bolsonaro de tchutchuca ao vivo; veja vídeo

André Marinho é filho de suplente do senador Flávio Bolsonaro e o presidente foi embora da entrevista

Bolsonaro na Jovem Pan News | Foto: Reprodução/Jovem Pan
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André Marinho, um dos comentaristas do Jovem Pan News, discutiu com Jair Bolsonaro e afirmou, nesta quarta-feira (27), que o presidente age como “tigrão com humorista e tchutchuca com o STF”. O caso ocorreu na estreia do programa.

O humorista é filho do empresário Paulo Marinho (PSDB-RJ), hoje desafeto do presidente. Em 2018, Paulo foi um dos principais financiadores da campanha bolsonarista, mas se arrependeu. Ele é suplente de Flávio Bolsonaro (Patriota-(RJ) no Senado.

Durante a entrevista, ironicamente, André chamou o presidente de “mito” e disse que estava muito preocupado com o retorno do PT ao poder.

“O PT que vendeu o governo para o centrão, comprou base parlamentar com emendas, usa milícia digital para atacar opositor e fez indicação de cunho político para o STF”, disse o humorista, mencionando, justamente, as práticas usadas pelo governo de Bolsonaro.

Em seguida, questionou o presidente em relação ao esquema de rachadinhas, tema bem conhecido do chefe do Executivo, diante das acusações recebidas por seu filho Flávio de utilizar essa prática enquanto era deputado estadual.

Marinho perguntou: “Rachador tem que ir para a cadeia?”. Irritado, Bolsonaro afirmou que não responderia ao que chamou de provocações.

“Ô, Marinho, você sabe que eu sou presidente da República, eu respondo sobre os meus atos, tá ok? Não vou aceitar provocação tua. Não vou aceitar. Não vou aceitar. O teu pai (Paulo Marinho) é o maior interessado na cadeira do Flávio Bolsonaro. O teu pai quer a cadeira do Flávio Bolsonaro. Eu decidi com o Flávio indicar teu pai. Não tem mais conversa contigo”, disse o presidente.

Marinho, então, afirmou: “É isso! É tigrão com humorista e tchutchuca com o STF”. Em seguida, o presidente abandonou a entrevista.

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Ataque de nervos

Paulo Marinho, cuja casa foi o estúdio do programa de TV da campanha de Bolsonaro em 2018, afirmou, em julho de 2021, que o presidente estava à beira de um ataque de nervos diante dos desdobramentos da CPI do Genocídio.

“Conheço a peça. O capitão Bolsonaro está à beira de um ataque de nervos”, disse Marinho. Ele destacou, ainda, que o presidente deve ser preso caso não se reeleja.

“O capitão Bolsonaro vai enfrentar a Justiça. E arrisco dizer que vai ser preso pelos crimes que já cometeu e ainda vai cometer até final do mandato”, acrescentou.