Advertido publicamente pela Veja neste domingo (10) por compartilhar frase de um artigo do escritor Ruy Castro que sugere o suicídio de Jair Bolsonaro e Donald Trump, Ricardo Noblat foi às redes e disse que "não desejo a morte de ninguém. Minha religião o impediria".
Ao esclarecer que compartilhou apenas um trecho do artigo de Ruy Castro - o que faz desde 2008, reproduzindo "o que a mídia publica, o que eu apuro e comentários que faço" -, Noblat desejou "vida longa a Bolsonaro".
"Por fim: vida longa ao presidente Jair Bolsonaro para que ele possa colher o que plantou", escreveu.
Entenda o caso
Noblat foi alvo de nota de repúdio da Veja após ser bombardeado por apoiadores do presidente por divulgar, sem aspas, uma frase escrita por Castro no artigo publicado neste domingo na Folha de S.Paulo, que sugere que os mandatários dos EUA e do Brasil cometam suicídio.
"Se Trump optar pelo suicídio, Bolsonaro deveria imitá-lo. Mas para que esperar pela derrota na eleição? Por que não fazer isso hoje, já, agora, neste momento? Para o bem do Brasil, nenhum minuto sem Bolsonaro será cedo demais", diz o texto do escritor, compartilhado por Noblat.
Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Augusto Heleno, comentou na publicação: "Quem é odiado por esse jornalista deve sentir um orgulho infinito. É, em última análise, o que diz um adágio famoso: não vivi em vão".
O termo Noblat chegou aos assuntos mais comentados no Twitter após a reação dos bolsonaristas, que pedem o cancelamento da conta do jornalista na rede.
"O blogueiro Ricardo Noblat, assim como seus colegas Schwartzmann e Ruy Castro, externa todo seu 'ódio do bem' e sugere o "suicídio" imediato de @jairbolsonaro. Repito: mais do que desejar, essa corja é capaz de executar. Para essa malta não existe censura ou banimento", escreveu o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ).
Outro deputado bolsonarista, Carlos Jordy (PSL-RJ) foi na mesma linha. "Blogueiro Noblat incentiva o suicídio do Presidente Bolsonaro. Você não verá ninguém da extrema imprensa indignado com esse desrespeito e falta de humanidade".