O Jornal Nacional, da TV Globo, desta sexta-feira (24) exibiu um trecho do depoimento do empresário Paulo Marinho, suplente do senador Flávio Bolsonaro, em inquérito que envolve o filho do presidente Jair Bolsonaro e uma possível antecipação da Operação Furna da Onça ao parlamentar.
No depoimento, Marinho diz que Flávio escalou três pessoas para pegar informações privilegiadas para ele: Victor Granado, amigo de Flavio; Valdenice Meliga, ex-assessora; e Miguel Ângelo Braga, atual chefe de gabinete de Flavio.
"O Braga fala com o Flavio, o Flavio designa então que o Braga, o Victor e a Val fossem ao encontro dessa pessoa para saber do que se tratava. E aí fizeram contato e marcaram um encontro na porta da Polícia Federal. Este suposto delegado disse aos três ou disse ao Braga: 'Vocês, quando chegarem, me telefonem que eu vou sair de dentro da Superintendência, até para você ver que sou um policial que estou lá dentro, e lá fora a gente conversa'", disse Marinho em trecho do depoimento exibido no telejornal.
Segundo Marinho, foi Victor quem repassou as informações sobre a operação contra Fabrício Queiroz, obtida através de um delegado não identificado. O delegado teria dito o seguinte: "Essa operação vai alcançar o Queiroz e a filha dele. Estão no seu gabinete e no gabinete do seu pai. Tem movimentação bancária e financeira suspeita. E nós estamos aqui... eu estou... eu sou simpatizante do seu pai, do Bolsonaro, e vamos tentar não fazer essa operação agora entre o primeiro e o segundo turno para não criar nenhum embaraço durante a campanha".
Logo após receber a informação, Flávio demite Queiroz e a filha, Nathalia Melo de Queiroz.