Em artigo na Folha de S.Paulo neste domingo (13), Janio de Freitas afirma que a "conduta da Presidência e de seus auxiliares na Saúde, na balbúrdia da vacina, basta para justificar o processo de interdição ou de impeachment, sem precisar dos anteriores crimes de responsabilidade e outros cometidos por Bolsonaro e pelo relapso general Eduardo Pazuello".
"Pessoas com autoridade formal para o conceito que têm emitido, além de suas respeitabilidades, como o jurista Oscar Vilhena Vieira, o ex-ministro da Justiça e criminalista José Carlos Dias e o médico Celso Ferreira Ramos Filho, presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, entre outros altos quilates, têm qualificado com clareza e destemor a anti-ação de Bolsonaro e seus militares na mortalidade pandêmica. Crime, criminoso(s), organização familiar criminosa, homicidas, desumanidade —são algumas das palavras e expressões aplicadas ao que é feito contra a vida", escreve Janio.
O jornalista ainda lembra que Rodrigo Maia jamais explicou os motivos de deixar na gaveta mais de 50 pedidos de impedimento do presidente.
Janio de Freitas ainda classifica Augusto Heleno como "velho mentiroso" citando o "desvio de finalidade da Abin" nos relatórios produzidos para a defesa de Flávio Bolsonaro.
"Se nem essa corrupção institucional levar à retirada de toda a corja, será forçoso reconhecer um finalzinho. Não da pandemia, como disse Bolsonaro. Do Brasil, mesmo".