Uma reportagem sobre a atual crise econômica vivida pelo Brasil, exibida neste domingo (8) pelo Fantástico, tem causado grande repercussão nas redes sociais devido ao que parece ser uma imposição de narrativa. Na matéria, o programa defende a ideia de que a situação econômica atual do país é responsabilidade do governo de Dilma Rousseff, encerrado em maio de 2016.
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Além disso, a reportagem não atribui nenhum tipo de responsabilidade a Paulo Guedes, ministro da Economia há quase 2 anos.
Os internautas também perceberam outras omissões, especialmente de políticas implementadas pelo governo de Michel Temer e mantidas por Jair Bolsonaro, como a reforma trabalhista e o teto de gastos.
Sobre o atual presidente, o programa atribuiu a ele responsabilidades pessoais, sobre os erros de suas posições com respeito à geopolítica internacional ou à sua postura diante da pandemia, mas evitou qualquer tipo de crítica à sua política econômica – tanto que seu principal ministro da área foi ignorado completamente.
A deputada Érika Kokay (PT-DF) também reclamou que mesmo a possível justificativa da emissora de buscar um contexto histórico da crise em sua matéria se mostrou ideologizada: “não a contextualiza politicamente nem diz onde se originou: no momento em que Aécio e as elites não aceitaram a derrota de 2014 e passaram a sabotar o Brasil”.
A matéria também foi criticada por “dizer que a desigualdade social diminuiu drasticamente durante a primeira década dos Anos 2000 e voltou e não deixa claro o porquê disso e nem quem estava no governo nessa época” – durante aqueles anos, especialmente no período em que a desigualdade diminuiu, o presidente era Luiz Inácio Lula da Silva.
Veja alguns tuítes sobre a reportagem: