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A revista Crusoé, considerada porta-voz informal do ministro da Justiça Sérgio Moro e da operação Lava Jato, afirma em sua última edição, publicada nesta sexta-feira (24), que o ex-juiz foi “alvo de sabotagem” por parte do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).
A publicação afirma que “antecipou a trama para cindir o ministério de Sergio Moro. O movimento agora é aberto, e parece ter a simpatia de Bolsonaro”. De acordo com a revista, “o ministro está irritado e pode sair do governo se a cisão ocorrer”.
JN
A informação de que, caso ocorra a divisão Moro pode deixar o ministério foi o destaque do Jornal Nacional, da TV Globo, desta quinta-feira. Sergio Moro teria confidenciado a pessoas próximas que está chateado e arrumando as gavetas, caso os planos do chefe para ele se concretizem.
De acordo com o Blog do Rovai, em agosto do ano passado, Bolsonaro demitiu Moro e depois de o ministro chorar à frente de um colega que lhe deu a notícia e pedir uma segunda chance, rolou uma reconsideração.
A jornalista Thais Oyama conta em Tormenta que, entre outras coisas, pesou a avaliação do general Heleno, que teria dito a Bolsonaro que se ele demitisse Moro seu governo acabaria.
Fazia todo sentido. Heleno se mostrou mais perspicaz do que parece neste episódio, diga-se.
Naquele momento o governo atravessava uma crise e Bolsonaro sequer tinha entregado a reforma da Previdência. Mourão era uma sombra e já havia quem o defendesse para o dia seguinte de um possível impeachment.