Robôs em ação: Tag #FlavioPresidente está nos TT's até da Malásia

Rede bolsonarista reagiu rápido à repercussão negativa das supostas ligações entre Flávio Bolsonaro e a milícia carioca e colocou seus 'bots' para trabalhar, a ponto de a tag #FlavioPresidente chegar aos Trending Topics do Twitter de países como Malásia, Ucrânia e Bielorrússia

Flávio Bolsonaro (Reprodução/YouTube)
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Apoiadores da família Bolsonaro "comemoram", nesta terça-feira (22), que a tag #FlavioPresidente chegou ao primeiro lugar dos Trending Topics do Twitter no Brasil. A hashtag de apoio ao senador eleito veio como uma resposta à repercussão negativa das novas denúncias que apontam uma suposta ligação entre o filho de Jair Bolsonaro, a milícia carioca e suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco. A repercussão rendeu a tag #FlavioBolsonaroNaCadeia, que dominou as discussões nas redes sociais durante boa parte do período da tarde, até ser superada pela hashtag de apoio ao parlamentar. A explosão do apoio a Flavio Bolsonaro nas redes sociais, mesmo após todo o desgaste que vem sofrendo nas últimas semanas com as movimentações financeiras suspeitas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz, no entanto, não é espontânea. Uma rápida análise do uso da hashtag #FlavioPresidente mostra que os chamados bots - robôs, em português - continuam sendo utilizados pela rede bolsonarista para pautar assuntos na internet. Para se ter uma ideia, a tag #FlavioPresidente está nos TTs não só do Brasil, mas de países como Malásia, Ucrânia e Bielorrússia - lugares onde, naturalmente, não há tantos fãs de Flávio Bolsonaro assim. Isso se explica com o uso dos robôs, que são, na verdade, perfis falsos controlados por computadores. Eles são  programados para compartilhar, interagir e fazer volume de forma automatizada e pode utilizar servidores de diferentes países. [caption id="attachment_164983" align="aligncenter" width="231"] Reprodução/Twitter[/caption] O uso desses bots não é novidade na rede bolsonarista. Um levantamento divulgado em setembro, ainda durante a campanha presidencial, apontou que cerca de 33% dos perfis que seguiam o então candidato Jair Bolsonaro eram falsos e controlados por computadores.