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A Globo segue em plena guerra contra a família Bolsonaro. Nas últimas semanas, a emissora tem se dedicado a aprofundar as reportagens que mostram suspeitas sob o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), seu ex-assessor Fabrício Queiroz, ao mesmo tempo em que praticamente invisibiliza o presidente Jair Bolsonaro e enaltece o vice-presidente Hamilton Mourão, conforme analisou o Blog do Rovai na manhã desta terça-feira (22).
Na edição de hoje do Jornal Nacional, principal telejornal da emissora, não foi diferente. Se por um lado passou de forma muito rápida pelo fraco discurso de Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial de Davos, deu amplo espaço para as novas denúncias que associam Flávio Bolsonaro às milícias do Rio de Janeiro.
A reportagem que dominou quase todo o último bloco do jornal começou repercutindo a Operação “Os Intocáveis”, deflagrada na manhã desta terça-feira (22), cujo os dois principais alvos são o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega e o major da PM Ronald Paulo Alves Pereira. Os dois são suspeitos de integrar o Escritório do Crime, um grupo de extermínio que estaria envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). A matéria avança, então, no sentido de vincular o filho de Bolsonaro aos milicianos.
O jornal fez questão de destacar que, conforme adiantado pela Fórum mais cedo, Flávio Bolsonaro homenageou em 2003 e 2004, na Assembleia Legislativa do Rio, os dois policiais. O jornalismo da Globo também deu destaque ao fato de que a mãe e a mulher do ex-capitão do Bope, alvo da operação noticiada pouco antes, eram empregadas do gabinete do então deputado estadual até novembro do ano passado.
Ao todo, o Jornal Nacional dedicou 11 minutos à repercussão da operação "Os Intocáveis" e as possíveis ligações entre os suspeitos, Flávio Bolsonaro e o ex-assessor Fabrício Queiroz.