Procurador dá 48 horas para Facebook explicar retirada de páginas ligadas ao MBL

Ailton Benedito, procurador do Ministério Público em Goiás, quer que o Facebook forneça explicações e detalhes sobre as páginas e perfis que foram retiradas do ar e acusadas pela rede social de disseminação de fake news

Foto: CC Felipe Malavasi/Democratize
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O Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) emitiu um despacho nesta quarta-feira (25) em que cobra, em caráter de urgência, explicações e detalhes do Facebook sobre a retirada de 196 páginas e 87 perfis da rede social. As páginas e perfis estariam ligadas ao Movimento Brasil Livre (MBL) e foram acusadas pelo Facebook de formarem uma rede de propagação de fake news. “Uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação”, diz um comunicado divulgado hoje pela rede social. O MBL, que capitaneou manifestações pelo impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, fala em "conspiração internacional" do Facebook. Em seu despacho, o procurador República Ailton Benedito deu prazo de 48 horas para que o Facebook explique os motivos pelos quais as páginas e perfis foram removidos e dê detalhes sobre a atuação dessas pessoas. Desde setembro do ano passado que Ailton investiga a rede social por suposta "censura" contra usuários brasileiros. “As normas constitucionais e legais que regulam a internet no Brasil atuam sempre com vistas à liberdade de expressão, ao direito de acesso de todos à informação, ao conhecimento e à participação na vida cultural e na condução dos assuntos públicos; e a impedir a censura, bem como a discriminação dos usuários, por motivo de origem, raça, sexo, cor, idade, orientação política, entre outros, competindo ao MPF atuar nesse sentido”, escreveu o procurador. O Facebook ainda não se manifestou sobre o pedido do MPF.