Vatican News apaga matéria sobre assessor do Papa e tira posts do Twitter e Facebook

Postagens negando que o terço trazido pelo assessor Juan Grabois a Lula seria um presente do Papa Francisco foram apagadas das redes sociais do Vatican News e a nota em que dava esclarecimentos sobre o assunto, depois de alterada, foi deletada do site

Foto: Reprodução/Vatican News
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Logo após o Instituto Lula e a equipe de comunicação do ex-presidente anunciarem que o petista havia recebido um terço abençoado pelo Papa Francisco, trazido pelo assessor argentino Juan Gabrois, o site Vatican News, veículo oficial de comunicação do Vaticano, divulgou uma nota de esclarecimento informando que Juan, na verdade, seria um ex-consultor do pontífice e que o rosário entregue a Lula não teria sido enviado pelo Papa. Veículos de mídia tradicional e agências de checagem como a Agência Lupa, então, começaram a chamar de "fakenews" a informação sobre o suposto presente, divulgada inicialmente pelas redes sociais de Lula e repercutida por veículos de mídia independente, como a Fórum. Nesta terça-feira (12), no entanto, surge um fato intrigante: o site Vatican News deletou de suas redes sociais as postagens em que negava o teor da vinda de Gabrois ao Brasil - ele foi impedido pela Justiça de visitar Lula - e alterou a nota em que dava os esclarecimentos. Na postagem original, o site chamava Gabrois de ex-consultor do Vaticano, mas o texto foi alterado e passou a classificar o argentino como "consultor do Pontifício Conselho Justiça e Paz". A matéria também dizia que terços como este recebido por Lula são abençoados pelo Papa e "levados a tantos prisioneiros do mundo, como o Santo Padre deseja". Pouco tempo depois, no entanto, o texto foi deletado. Fórum apurou que a publicação do Vatican News sobre a visita de Gabrois e o terço foi um "erro" de um funcionário pois não está assinada por nenhuma autoridade ou organismo. E que funcionários como o que escreveu a matéria "não têm autoridade" para dizer se o terço foi enviado pelo Papa ou não. Fontes da Fórum garantiram ainda que o texto de esclarecimento será modificado, o que se confirma com a recente exclusão da matéria. Além disso, Fórum já enviou inúmeros e-mails à Agência Lupa. O editor Renato Rovai conversou por telefone com o redator da reportagem solicitando que fosse corrigida a informação maliciosa de que o texto da Fórum se tratava de fakenews e está aguardando as devidas providências da agência que faz parte de uma concorrente, que é a revista Piauí. Caso isso não aconteça, Fórum tomará as devidas providências legais contra todos os envolvidos na divulgação desta reportagem que causa inúmeros prejuízos ao site.  
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