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Com uma cobertura ampla e em tempo real do movimento de paralisação dos caminhoneiros, a Globonews acabou se tornando alvo de um trabalhador da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), que queria saber qual a opinião da emissora sobre a greve que vem provocando desabastecimentos em supermercados e entrepostos. O trabalhador em questão se identificou como Gino e disse que era comprador do Ceagesp.
Ao invés de dar entrevista, no entanto, o homem abordou uma repórter da Globonews e inverteu os papéis. Ele pediu uma entrevista com a jornalista. O vídeo que mostra o momento circula em grupos de Whatsapp.
"Você não pode dar sua opinião? E por que veio perguntar a opinião de todo mundo aqui? Não afeta vocês também?", indagou o trabalhador.
Assista.
Brasil em alerta
A manifestação de caminhoneiros, que tem como principal pauta os sucessivos aumentos no preço do combustível impostos pelo governo, segue pelo quarto dia consecutivo com bloqueios em cerca de 40 rodovias federais por todo o país. Com a paralisação, o combustível não chega à maioria dos postos do país que, diante da alta demanda e da escassez, elevaram seus preços. No Distrito Federal a gasolina bateu R$9,99. Motoristas esperavam cerca de uma hora na noite de quarta-feira para abastecer os tanques.
A paralisação tem como outra consequência o desabastecimento de alimentos, já que os produtos não chegam aos mercados e entrepostos, e também a suspensão de serviços de transporte, já que as empresas, agora, têm mais dificuldade para abastecer os veículos.
No Ceasa, principal central de distribuição da cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, apenas 50 dos 500 caminhões que chegam todas as manhãs apareceram para a descarga de produtos. A saca de batata é comercializada nesta quinta-feira por R$ 500.
O BRT, serviço de ônibus articulados que liga o aeroporto do Galeão a bairros das zonas norte e oeste, funciona com apenas 50% da frota. Muitas estações amanheceram fechadas nesta manhã.
Em Recife, a frota de ônibus foi reduzida em 30% e os passageiros enfrentam filas nos pontos de ônibus. Os veículos passam lotados, trafegando com as portas abertas devido à superlotação.