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A revista Playboy vai deixar o Facebook. Entre as razões estão as restrições da rede social a publicação de fotos contendo nudez e o vazamento de dados pessoais de usuários.
“Mais de 25 milhões de fãs se relacionam com a Playboy a partir de nossas páginas, e não queremos ser cúmplices expondo eles às práticas que vêm sendo reportadas", disse a companhia em comunicado.
A descoberta de que informações pessoais de 50 milhões de usuários do Facebook foram acessadas pela consultoria Cambridge Analytica colocou a rede no centro de uma crise mundial. Leia aqui matéria do pesquisador e professor Sérgio Amadeu sobre o assunto.
Os dados teriam sido usados para ajudar a eleger o republicano Donald Trump na campanha eleitoral de 2016, permitindo o envio de propaganda personalizada para os eleitores de acordo com seus perfis.
DIFICULDADES
A Playboy disse que a decisão ocorre depois de anos em que a publicação teve dificuldades para expressar seus valores na rede.
Cooper Hefner, diretor de criação da revista e filho do fundador, Hugh Hefner, usou o Twitter para criticar publicamente o Facebook, chamando a empresa de sexualmente repressiva.
Segundo ele, a rede contraria os valores da publicação, tanto nas regras que definem o conteúdo aceito como também em suas políticas corporativas.
"As diretrizes de conteúdo e políticas corporativas do Facebook seguem contradizendo nossos valores. Tentamos criar nossa voz na plataforma, que, em nossa opinião, continua a ser sexualmente repressiva."
As restrições ao conteúdo da revista, somada a informação de que a rede teria permitido o uso de dados para influenciar as eleições americanas, levaram à decisão de deixar a rede, disse.
Segundo o site Nieman Lab, especializado em notícias sobre a imprensa, só serão desativadas as contas gerenciadas diretamente pela Playboy Enterprises, o que significa que a maioria das páginas da Playboy de fora dos estados Unidos poderá seguir ativa.
Com informações da Folha