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O esquema milionário e ilegal de caixa 2 envolvendo empresários e a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) para a disseminação de fake news no Whatsapp contra seu adversário, Fernando Haddad (PT), já é notícia mundial.
O fato, revelado pela Folha de S. Paulo na manhã desta quinta-feira (18), ganhou espaço nos principais jornais do mundo, entre eles o The Guardian, do Reino Unido, e o The New York Times, dos Estados Unidos.
O The Guardian replicou as informações do jornal brasileiro e chamou Bolsonaro de "representante da extrema-direita", além de "populista pró-tortura que elogia a ditadura".
"O Brasil luta contra uma tsunâmi de notícias falsas em meio a uma eleição presidencial polarizada. De acordo com as alegações em uma matéria de capa da Folha de São Paulo, um dos principais jornais do Brasil, Bolsonaro tem recebido ajuda ilegal de um grupo de empresários brasileiros que estão patrocinando uma campanha para bombardear usuários do WhatsApp com notícias falsas contra Haddad", diz a matéria do jornal inglês.
O norte-americano The New York Times foi pela mesma linha. Na matéria, o jornal traz a denúncia da Folha e afirma que o que foi feito pelo candidato viola as leis brasileiras. “A disseminação de informações falsas nas redes sociais se generalizou nos preparativos para o segundo turno presidencial do dia 28 de outubro”, diz o artigo.
O também inglês The Telegraph foi outro jornal internacional a repercutir o escândalo e chamou Bolsonaro de "candidato favorito à extrema-direita".
O espanhol El País ainda não fez matéria sobre as novas revelações, mas divulgou um artigo nesta quinta-feira (18) em que compara o capitão da reserva brasileiro ao presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte que, depois de se eleger presidente, comandou o extermínio de milhares de pessoas sob o argumento da guerra ao narcotráfico.