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Encontrado morto em seu apartamento no ano passado, um dos principais ciberativistas do mundo tem sua trajetória contada em filme
Por Redação
“The internet’s own boy” (Cria da internet, em livre tradução) é o nome do documentário que narra a história de Aaron Swartz (1986-2013), um dos principais ciberativistas do mundo, com estreia marcada para o dia 27 de junho. Dirigido por Brian Knappengergber, o longa foi viabilizado a partir de um financiamento coletivo e acaba de ganhar um trailer legendado.
Aaron Swartz foi encontrado morto em um apartamento de Nova York, aos 26 anos. A tese de suicídio é refutada por vários grupos de ativistas, mas Swartz enfrentava um quadro de melancolia por conta do processo que estava sofrendo por ter baixado e compartilhado milhares de artigos acadêmicos (de acesso restrito e pago) da Jstor.
Outro fator que pode ter abalado o jovem ativista é o fato de ter ficado preso em uma solitária. Caso Swartz fosse condenado, teria de pagar uma multa de 1 bilhão de dólares e 35 anos de prisão. O mais curioso é que, após devolver os arquivos a Jstor, esta retirou as acusações contra o ativista, porém, a promotoria de Boston decidiu processá-lo. Aaron Swarz acreditava que estava sendo utilizado como exemplo para os outros ciberativistas, como forma de intimidação aos coletivos digitais.
Mesmo com a sua breve vida, a obra e ações de Aaron Swartz são extensas e geniais. Para se ter uma ideia, aos 13 anos Swartz participou da criação do feed de notícias RSS, foi um dos fundadores do Reddit e participou do processo de criação do Creative Commons, a principal plataforma de copyleft. No ativismo digital, desenvolveu o projeto Watchdog, predecessor do Avaaz e o Open Library, biblioteca universal de e-books com dados abertos.
Com informações do MudaMais